O empresário Silvio Giordani, de Pato Branco (PR), terra do ex-presidente da Chapecoense, Sandro Pallaoro, emitiu uma nota esta semana para homenagear o amigo com quem conviveu durante anos. Marcando os dois anos da tragédia que vitimou toda a equipe, direção técnica e jornalistas na Colômbia, Giordani relembrou a ascensão meteórica e de sucesso que foi comandada por Pallaoro. Confira a mensagem:
Dois anos se passaram do trágico acidente aéreo.
“Barata, Chapecoense vai da série D à A em cinco anos”.
Manchete do site da ESPN em 2013.
Sandro era o Presidente.
O projeto era fazer com que a Chapecoense chegasse à Série A do futebol brasileiro em até 10 anos.
Muitas vezes Sandro falava que o mais importante era subir degrau por degrau.
Humildade e saber recuar quando algo complicava, era uma das virtudes deste patobranquense.
Sandro sabia que a base teria que ser sólida, pois sem a base sólida, o caminho seria curto.
Criar atletas nas escolinhas para que no futuro, a Chape pudesse vender seus atletas para todo o mercado nacional e internacional.
Esta semente já deu frutos.
Hyoran que atua no Palmeiras e foi campeão brasileiro este ano, é cria da base da Chape.
Sandro sabia que o acesso foi rápido demais, por isso, foi obrigado a realinhar o projeto inicial.
A Chape foi muito bem classificada no campeonato brasileiro, conquistou no campo o direito de disputar Copa do Brasil, Sul-Americana e o sonho de disputar a Libertadores da América.
Quando parecia que estava tudo andando conforme o realinhamento do projeto inicial, mais uma surpresa do destino.
O acidente fatal com a queda da aeronave na Colômbia. Praticamente aniquilando toda a equipe, diretoria, alguns jornalistas e convidados.
Setenta e uma vidas nos deixaram, entre estas vítimas, estava o jovem Presidente.
Sandro era “explosivo, briguento, inclusive com torcedores, árbitros, adversários e imprensa, mas também sabia reconhecer seus erros e pedir desculpas”.
Sandro nos deixou um legado: “A instituição em primeiro lugar”.
Era um homem de visão e profundo conhecedor de futebol.
Não era político, mas incomodava alguns que imaginavam que ele usaria seu prestígio e poderia incomodá-los politicamente.
Mesmo com tantas dificuldades, Sandro deixou marcado para sempre o nome Chape no coração de todo povo brasileiro e também de várias pessoas do mundo inteiro.
Que Deus o tenha meu amigo.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro