Beto Martins e Napoleão em disputa
Beto Martins se manteve quieto até o resultado de ontem que o trouxe, novamente, às discussões internas do PSDB com a vitória de Jorginho Mello. Um estilo próprio e jovial, experimentado no Executivo, já projeta seu futuro nas urnas. Tem pela frente a simpatia não menos demonstrada do ex-prefeito de Blumenau que, igualmente experiente, olha-se em 2022. Como Napoleão não pode disputar a municipal, tem mais dificuldade para manter seu nome na crista. Bem diferente do ex-prefeito de Imbituba que, longe dos sufrágios há um tempo, percebe-se no centro das discussões. E conta com Jorginho Mello para dar eco às investidas que pretende. Terá no republicano a iniciativa de assumir, por um tempo, aquela Casa. Inicia aí um novo momento para ele. Bernardes e ele, a partir de agora, estão em disputa pelo espaço. Está nas mãos de Marcos Vieira a condução.
Qual sua visão sobre SC depois das urnas?
As eleições de 2018 mandaram um recado para toda a classe política. A população espera mais dos seus representantes e não aceita a política feita para atender à politicagem, que é o jogo de partidos que tem como objetivo se perpetuar no poder. Outro ponto que ficou muito claro é que, o povo brasileiro se sente esfolado pela corrupção, pela má gestão e pelo descaso com nosso país. Renovar é salutar, mas não significa certeza de sucesso. Acredito que, com a população mais amadurecida politicamente, e com cada vez mais informações, constatando realmente quem é preparado, quem realiza e faz gestão de resultados, teremos maior qualidade dos futuros eleitos na nação.
Em que situação se encontra a prefeitura e quais são seus planos para 2019?
Em Criciúma, desde o início, focamos numa gestão técnica e de resultados. Pensando na eficiência e sem inchar a máquina pública, trabalhamos com apenas cinco secretarias. Como priorizamos os técnicos dentro do governo, conseguimos reduzir o percentual gasto com folha, que era de quase 50%, para menos de 37%. Sobrando mais dinheiro, colocamos a casa em ordem no primeiro ano. Recebi a prefeitura com mais de R$ 114 milhões em dívidas e hoje as contas estão em dia. Mais do que isso, temos capacidade de investimento e aptos para fazer financiamentos. Grandes obras como: Reconstrução da Prefeitura e do Centro Cultural, destruídos por incêndios durante o governo anterior; continuação do Canal Auxiliar e Desassoreamento dos Rios, evitando as cheias; inauguração da UPA 24 horas e maternidade do Hospital Infantil Santa Catarina; assim como a entrega do Parque dos Imigrantes no próximo dia seis de janeiro, são uma mostra do que vem pela frente. Nossa capacidade de investimento para o próximo ano é de mais de R$ 100 milhões. Pavimentação de vias e grandes obras por toda a cidade estão previstas.
Campeão
Prefeito Gigante Buligon deu significativo pulo em favor de Chapecó, ao oferecer o município para a realização do jogo entre os finalistas argentinos. Ganhou eco internacional sua ideia e, só por isso, somou em mais respeito. Grande iniciativa.
Pequenos
Há membros da oposição que tem chamado o prefeito de Chapecó de oportunista neste gesto inteligente afirmando que a Arena Condá não comporta a disputa. Se não tivesse tomado a iniciativa, seria apedrejado. Como fez, gerou inveja em adversários.
Grandiosos
Seria o momento de, nos dois anos de perda dos heróis da eternidade, serem lembrados independente de um documento da Conmebol. Como Chapecó deu nome à disputa de jogo de Paz, o pedido justifica. Um espetáculo para o mundo.
Eleição
A disputa de hoje da OAB vai revelar se, o que se chama de onda das mudanças, como ocorreu em outubro, vai contaminar tudo. Embora Paulo Brincas tenha apenas um mandado e seu representante seja também o novo, Hélio Brasil assume-se oposição.
OAB
A eleição dentro da instituição tem um significado à parte que os dois candidatos, Rafael Horn e Hélio Brasil, têm oferecido para dar mais grandeza e transparência às ações da classe. Em tempos de novos rumos do Brasil, querem democracia sendo dita mais vezes.
Resultado
Quando o eleito for proclamado hoje no final do dia, o novo comando da OAB terá peso significativo no debate catarinense. Os dois candidatos entendem que é preciso aproximar mais e dar voz às bandeiras que a sociedade deseja. Mais presença, menos gabinete.
Guerreiro
Lucas Esmeraldino se aproxima de Carlos Moisés para, se ganhar altura de comando dentro do governo como se imagina, quer desenhar sua ida ao Senado ou até ao governo em 2020. Desta vez, na queda de braço com Jorginho Mello, não deu.
Contra
Jorginho Mello levou mais uma e se consagra para ser o candidato a governador em 2020 que, ontem, a Justiça Eleitoral carimbou na vontade popular em sua chegada ao Senado. Vencedor em tudo, não vai dar atenção ao PSL. O nome, agora, é o dele.
Costura
O senador eleito do PR vai construir um palco favorável à sua disputa em 2020 pensando 2022. E vai contar com Esperidião Amin para ser seu alfaiate. Ambos, dentro do senado, vão dar rumo às disputas municipais. Jorginho sabe exatamente o que fazer.
Ele
Se Gelson Merisio, agora sem mandato, quer ressurgir dentro do cenário, vai ter que entrar no movimento em favor de Jorginho Mello. A presença da esposa de LHS não é empecilho para romper com o MDB e gerar nova força no estado.
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