O consenso e o cofre
Embora os esforços da classe empresarial em procurar a brecha do entendimento em torno da Chapecoense, a oposição, sabia-se, não se inclinou em nome do rumo inteligente. Ao contrário, já em campanha, apresentou um nome para sensibilizar os 200 conselheiros, leque de empreendedores que, diariamente, convivem com a agonia de manter suas empresas de pé. Eles, todos conhecedores de todos, sabem que não existe a magia da administração fácil, simples e sem os tropeços do dia a dia. Cada um deles, que tem direito a voto, vive correndo para segurar o pulso de seus próprios negócios, exigindo de si o fator sobre humano na busca do final do arco-íris. Este esforço não faz parte do discurso fácil de atirar pedra nas pessoas de bem. A eleição na Chapecoense é mais que negociatas de grupelhos articulados de olho nos recursos milionários que a manutenção na elite do futebol oferece. É olhar para o torcedor e entender que estão vivos na série A. Vença a verdade.
Maré
O terremoto de João Rodrigues vai se ampliando. Ontem, o STF deu luz ao inferno vivido na confirmada fraca eleição de 2018. Perdendo 150 mil votos de sua liderança, está no corredor polonês entre eleitor que rejeita e o Supremo que condena.
Anão
A visão nova dos parlamentares eleitos que nasceram das poderosas urnas de outubro, reduziu o tamanho de João Rodrigues. Se em 2014 mandou no sufrágio, nestas eleições virou lanterna. A nova juventude de 2018 levou-o ao asilo parlamentar.
Vencido
Qualquer que seja o resultado que o STF der a João Rodrigues, ele sai diminuto do processo. A exposição em que está submetido, escancarou a fragilidade da sua liderança. Os novos parlamentares que surgiram, já colocam sombra sobre seu mandato.
Enferrujou
O bisturi político de quadros como João Rodrigues, sentado como réu em busca de salvação, não operam mais na sociedade. A ordem ditada em outubro é irreversível. O eleitor renova-se. Se inocentado no Judiciário, é condenado nas urnas.
Exemplo
Daniel Freitas está dez voltas à frente de João Rodrigues. Não somente por sua juventude, simpatia e poder de articulação, é a bandeira atual da vida pública. Nele, e nos demais eleitos, são o verbo que o eleitor escolheu para o futuro da política.
Rumos
Os deputados jovens, eleito pela insatisfação do eleitor, seja na Assembleia ou a Câmara, não querem mais o bravio discurso fácil, que coloca as demais lideranças, prefeitos e vereadores, abaixo de sua luz. O velho estilo político foi sepultado.
Roupagem
Agora é a vez das lideranças com estilo veloz, deputados de sangue novo nas veias de decisão. No corpo do estado, são cabeça, tronco e membro. Entendem-se fortes, jovens e determinados. Sem conchavos, com vigor e longe das sombras negociáveis.
Tucanagem
Determinados a arrumar o ninho que ficou no olho do furacão de outubro, o PSDB senta na próxima segunda-feira, para decidir a direção contrária do voo que levou, todos, à onda de frio que abateu seus melhores exemplares. Marcos Vieira trabalhando.
Limpeza
Presidente de altíssima capacidade de construção, Marcos Vieira é responsável pelo tamanho que o PSDB alcançou com sua visionária luz de liderança. Os resultados de outubro não tiram sua firme orientação. Deu errado para todos.
Garra
Sabedores da direção, Marcos Vieira terá que dar luz às decisões da nova composição do PSDB. Beto Martins, Napoleão Bernardes e Geovania de Sá são partes desta equação. Como já foi presidente duas vezes, o estatuto não permite outro mandato.
Ele
Napoleão Bernardes foi para o sacrifício no pedido do partido. Sem impor seu nome na composição desastrosa com o MDB, o ex-prefeito de Blumenau está em alta na bolsa tucana. Foi aceitante do desafio e, por sua grandeza, ganha respeito.
Erro
Mauro Mariani jamais imaginou que, ao propor uma reunião com a executiva na escolha do nome para disputar o governo, Eduardo Moreira levantaria seus braços declinando das prévias. Surpreendido pelo experiente govenador, começou aí a ruina.
Excelente
Aberto à mão a Mariani, Eduardo Moreira se livrou da ida inocente à guilhotina. A cabeça rolada em um patético 3º lugar no 1º turno, mostrou um MDB manco. Agora, com seu DNA na Fazenda do Bombeiro, quer a presidência dos ulyssistas.
Batuta
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