Editorial | Somos todos Chape

A eleição de hoje na Chapecoense tomou, desde 2017, proporção quase que de obsessão para que determinado grupo assuma o controle do clube. Agora, mais do que nunca, depois de ter recuperado o rumo, o time vai sendo disputado como uma eleição municipal, tamanha a sua importância, para tudo, nos próximos anos.

Pessoas de bem, salvo este ou aquele interesseiro de olho nas vantagens pessoais que terá, foram colocadas em chapas diferentes para ter a oportunidade de dar destino ao time que, sabe-se, tiveram alguns erros, mas foram mais acertos. À toa não é que, mesmo diante de um terremoto que levou tudo e todos que compunham o clube, permaneceu na Série A e, neste ano, novamente.
Mais que evidente, depois tudo o que se passou, era o momento de ter uma única chapa, com a mistura dos melhores para dar, definitivamente, o caminho mais inteligente. Mas não foi possível.

Diante disso, os conselheiros, envolto a uma pressão sem precedentes, tem que tomar estradas de escolhas que, embora cheia de gente da melhor qualidade, nos dois lados, foram motivados a mergulhar no pleito de forma dividida porque tem, sabe-se, grandes interesses escondidos. Não são satisfeitos com o que tem e querem, pelos grandes recursos do ano que vem, ter a vantagem de ganharem mais.
A vida do clube, depois de hoje, espera-se, tenha sua melhor magia, mais luz e grandes conquistas para dar a alegria do torcedor.
Não é fácil manter um time sempre ganhando. Todos os clubes do Brasil, sem exceção, estão sujeitos aos abalos dentro de fora do campo. Mas nenhum deles tem a força da Chapecoense e sua honestidade demonstrada.

Um ali, outro lá, afirma desvios que os demais não confirmam. É uma voz isolada ali e outra lá que, usufruindo de sua força porque tem mais espaço na mídia, utiliza-se de persuasão para intimidar seus mais próximos a terem determinada direção que não tem sido a melhor para seu negócio em particular.

Os membros conselheiros estão neste tiroteio e sabem, bem, quem é quem e porque tem tido um ataque pleno e sem ininterrupto contra seu adversário. Mais do que isso, busca a voz dentro do torcedor que, imagina-se, não tenha dentro dos membros com direito a voto.
É fácil criticar, buscar sombras onde há luz. É simples ter que atacar pessoas apenas para estimular ódio com quem sempre foi de paz.
Hoje é dia de votar. Que vença o melhor e que, depois do resultado que sair, todos se deem as mãos e, seguindo em frente, em direção à paz interna, busquem o melhor para o Furacão.