Passou-se um bom tempo desde o segundo turno das eleições de 2018. Os que não se elegeram estão de olho pensam no futuro em 2020 e 2022. Alguns, deixando a vida da política pública, por tempo desta vida aventureira e ter após, cumprido o seu dever de vida pública ou pela idade, de lado deixando espaço aos herdeiros. Uns torcendo para as promessas de campanha não darem certo, a fim de se fortalecer e se eleger nas próximas eleições, como muitos também pensam que nós somos apenas eleitores, contribuintes de impostos e consumidores de produtos que geram impostos de I.C.M.S.
Mas como vi nas últimas eleições dos presidentes. Às vezes, não são as siglas dos partidos fortes que fazem as grandes viradas parecidas com os times e clubes de futebol. Por exemplo, Jânio Quadros foi um grande vencedor e virador, sem ser vira-casaca de partido. Embora que não mudou o partido, inventou os lemas e frases, como: “ele vem aí com a vassoura na mão!”, “o povo exige o Jânio. Não se desespere, porque Jânio vem aí!”.
O primeiro presidente foi eleito pelo voto direito após a ditadura e a extinção dos antigos partidos Arena pelo PDS e MDB, pelo PMDB. Leonel Brisola fundou o PDT, mas Fernando Collor de Mello candidatou-se ao recente e mais novo partido, o PRN. Eu morava em Xanxerê e bem me lembro, até do prefeito daquela época, que foi eleito pelo PDS de Paulo Maluf, que também era candidato a presidente da República. Deixou o PDS de Maluf e se agarrou ao PRN de Collor. Também levou um candidato a deputado estadual e ex-vereador eleito pelo Arena, se candidatando a deputado pelo PRN de Collor. Ele foi o primeiro deputado eleito em Xanxerê, Ijair Silveira.
Collor de Mello disputou o segundo turno com Lula e o vice Leonel Brisola. A eleição de Collor de Mello, foi bem semelhante à de 2018, de promessas de campanha, com partido novo, pouca representação na Câmara dos Deputados e o Senado. Mas Collor usava o lema “O caçador de marajás”. Infelizmente, aconteceu o contrário, Collor renunciou para não ser caçado.
Hoje, entretempo de pós-eleição e posse. Eu não entendo se o presidente do Brasil é o Temer ou se é o Capitão Bolsonaro, mas me faz recordar após aquela eleição, que Collor foi eleito, pois houve um entretempo longo para a posse, eleito em 15 de novembro de e tomou posse em 15 de março. Ele era a esperança do povo das mudanças de Sarney para Collor. Nesse período de quatro meses de eleito e entre a posse, Collor planejou muito bem seus projetos e medidas rigorosíssimas.
Os presidentes passados e futuros, será que estudaram bem a matéria da disciplina do metal, ferro e aço? O ferro torto tem que se endireitar quente, mas lentamente, porque se for rápido, pode quebrá-lo. Assim como muitos governos se endireitaram no Brasil, muito depressa e rápido, e se quebraram. E o nosso Estado, a Santa e Bela Catarina? Os políticos que me perdoem, mas eu sou igual aos repórteres esportivos, que não elogiam um time, nem critica o outro.
Comentar a verdade. Talvez alguns pensem que é criticar, zombar, etc... Mas muito pelo contrário. Sou alguém que apenas se dedica a escrever ao Jornal LÊ NOTÍCIAS. Desde a minha recordação da década de 1950, nunca vi uma eleição de surpresa como essa de 2018. Não esperava esses resultados. Vi isso apenas na Ditadura Militar (1964 – 1985), em 1974, quando em uma surpresa para Xaxim, Santa Catarina e o Brasil, o povo queria mudança, apesar do que só houve por eleição de deputados e senadores, o MDB deu uma bomba na Arena e na Ditadura.
“Um xaxinense experiente”, disse a bomba de 1974. Aquela foi a primeira, e não será a última. Eu sempre digo “o partido não vota, a casa não vota, as autoridades políticas são donas de apenas os seus votos. Quem vota é o povão, quem pode fazer a renovação.”
Também falta dizer que a terra natal da infância natural não vota. Um fato que aconteceu entre a região da Amai e Chapecó, o comandante que o povo aqui não o conhecia, fez uma surpresa de votos, iniciando por Xanxerê, cidade onde Gelson Merisio iniciou a vida política, ascendeu e cresceu, com o prefeito do mesmo partido. Até licenciou-se de vários dias, é direito democrático e próximas duas dezenas de lideranças políticas e empresariais de Xanxerê, posicionaram-se e assinaram uma carta em defesa da candidatura de Gelson Merisio.
Inclusive, o ex-vereador e ex-prefeito Julio César Bodanese e Vilson Picolli, ambos do MDB, e mesmo assim, Carlos Móises venceu com trezentos votos. Xaxim, terra natal de Merisio, do mesmo partido de Lírio Dagort, não venceu. Em Chapecó, cidade de domicílio, mesmo com o apoio do prefeito Luciano Buligon, não venceu. Em Cordilheira Alta, também não venceu. Em Lajeado Grande e Marema, terra de infância de Merisio, ele fez 48,66% dos votos, pela média dos dois municípios. Em Florianópolis, com muitos anos de trabalho, também não obteve êxito.
Acredito que aqueles resultados ninguém esperava: a vitória de Carlos Moisés (PSL), porque até as pessoas no primeiro turno falharam. Em uma rádio de Xanxerê, havia um bate-papo, onde o locutor se dizia que era muito mais fácil Merisio disputar o segundo turno com Mauro Mariani, do que com Carlos Moisés. Um grande entendido político que disputou várias eleições e teve várias vitórias dava contra ao repórter e a outros, que com Moisés, ficou mais fácil para Merisio com Mariani era de 100% contra Merisio e com Moisés. Eram apenas os caciques do MDB contra Merisio que dava no mínimo de 5% dos ulyssistas e emedebistas. A prova foi com o ex-ministro da Fazenda e ex-candidato à Presidência, o Henrique Meirelles.
Na nossa região Oeste, a braço forte de Carlos Moisés foi a vice-governadora, que é natural de Maravilha, mas tem domicílio em Chapecó. Ela é a primeira vice-governadora eleita do Estado. É melhor um passo curto do que nada. Não tenho nada contra Gelson Merisio, inclusive, sou muito amigo dos seus familiares, amigos e colegas de carreira política. No entanto, política é igual a futebol: nem sempre, um time formado de bons atletas e com bom treinador, será o vencedor.
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