Júlio Garcia é uma marca
Criado à moda Jorge Bornhausen, o deputado estadual tem, nos seus objetivos, movimentos pessoais típicos de um visionário. Se antes trilhava as rotas contrárias a Gelson Merisio, sua parte política fala pela razão. E, por isso, agora eleito, voltando à Casa que presidiu, tem tudo para voltar àquele assento. Simpatia à parte, ele joga. E a divisão dentro do MDB mostra os passos largos que já deu nesta direção. Como tem o jeito JKB de ser, honra a palavra sempre que justifica um gesto. À toa não é o crescimento que vai adquirindo dia a dia. Chegando ao comando da Casa, faz acontecer. Com JG não existe requentar promessas. Fala, firma e faz. Sem forçar nada, nem pegar seus pares pela gravata. Apenas livre e leve. O ex-conselheiro tornou-se uma tese.
Entrosamento
A presença do futuro secretário da Comunicação Ricardo Dias na inauguração da nova sede da Associação Catarinense de Imprensa - Casa do Jornalista, muda muito da desconfiança de distanciamento então visto no governo que assume em janeiro.
Atrelamento
Embora toda a comunicação ficará no comando de Douglas Borba, chefe da Casa Civil, o papel de Ricardo Dias é de agregar na conciliação entre governo e imprensa. Se o gesto de se fazer presente muda conceitos, o tempo vai mostrar isso.
Ela
Pelo fato de se reunir às escondidas com empresários da Acic esta semana, mostra que a vice-governadora fala para poucos. Não tendo intimidade com a imprensa e sem saber o que dizer, fica no informal sem dar a originalidade oficial.
Certo
À medida que o presidente da Acic carimba a distância do novo governo, fazendo encontros por trás das cortinas, cai em uma cilada perigosa. Se nada der certo, até porque Moisés não falou absolutamente nada na campanha, tropeça junto.
Transparência
A Associação Comercial e Industrial de Chapecó poderia, já no agendamento feito com Daniela Reinehr, avisar a imprensa. Mas atendeu a um pedido feito pela vice. Se é assim que a entidade vai trabalhar de agora em diante, tropeça com quem lhe dá voz.
Distanciamento
A imprensa não pode ser serviçal da Acic. Ou se faz uma relação aberta, transparente em busca do interesse de todos, com plenitude e o respeito que sempre se pautou, ou as redações serão apenas a bola da entidade. Que tipo de respeito buscam?
Recado
Cidnei Barozzi, líder do coletivo da Acic, precisa se ajustar à transparência. Se a vice-governadora tem suas exigências, a imprensa, sempre disponível para a entidade, tem igualmente as suas. Sem controle democrático da informação, tudo escurece.
Teor
Carlos Moisés teve seu encontro com Jair Bolsonaro e, embora as tratativas, sempre com o mediador deputado Daniel Freitas à tira colo, o governador eleito levou a agenda de suas atividades. A BR-282, na sonhada duplicação, nem entrou na discussão.
Quarteto
Coronel Armando, Fábio Schiochet, Caroline de Toni e Daniel Freitas estão atuando em conjunto. Os deputados federais do PSL, ainda se ajustando às conquistas que tiveram, estão afinando direcionamento. Serão cobradores em Brasília. A questão é o que.
Voz
Caroline de Toni é o grito esperado para discussão, já, da BR-282. A rodovia, no último sábado em Nova Erechim, matou 5. O PT passou 13 anos no Governo Federal e, falaram pelos cotovelos, duplicação nenhuma. Mais 10 anos não dá.
Ela
Dileta Corrêa Silva foi a responsável pela indicação do novo Secretário Nacional da Pesca. Ela, que disputou a eleição para deputada federal, gritou forte pela região de Itajaí. Com toda a força demonstrada do PSL de SC, foi o único espaço. No 2º escalão.
Nada
Estava claro que o governador eleito, sem direção nenhuma, não tem força suficiente para indicar ninguém no governo Bolsonaro. Dizia-se candidato dele na campanha e mostra nada disso. Foi à reunião em Brasília e, como chegou, saiu.
Fraquíssimo
Sentar com Jair Bolsonaro como governador e não ter um só nome para apresentar como ministro, é a maior prova de que Carlos Moisés foi uma zebra para SC. O povo escolheu sua vitória, mas ele, sem entender o que é, derrota-se.
Inaceitável
Pelo padrão de SC, sua força na agroindústria, turismo e a votação conquistada, não ter ninguém no 1º escalão, é prova do que ocorreu nas eleições. A vitória que Carlos Moisés conquistou, foi numeral e não de liderança. Por isso o vazio.
Vazio
Embora os esforços dos deputados estaduais e federais, SC fica oca em meio ao novo Brasil que saiu das urnas. O governador eleito, rouco, não tem voz para exigir. Possa ser que acerte, mas sua altura é duvidosa.
Pois
As lives que tem feito, o distanciamento de sua vice-governadora, mostram que Carlos Moisés é evasivo. As fugas para evitar aproximação que ambos tem feito são patéticas. Nem Donald Trump age assim. Mesmo usando redes sociais.
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