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Editorial | À espera de um milagre

Por: LÊ NOTÍCIAS
19/12/2018 09:11

A eleição de fato acabou, mas nas redes sociais ficaram os patéticos e incansáveis tolos que não se cansam de dar continuidade a ela. Por quê? Devido ao país que se encontra completamente dividido e sem sonhos. Aqueles que decidiram votar em um lado, não aceita o vencedor e estes, incrivelmente, não aceitaram a própria vitória. Tem que eliminar o adversário incansavelmente.

Aquele filósofo chamado Olavo de Carvalho conseguiu fazer seus discípulos em várias partes do Brasil. Ele, como é o marxismo à esquerda, é o lobo à direita. E está certo. Ele, consciente de suas convicções de classe, quer esmagar, pisar, triturar, esfarelar os adeptos do marxismo dialético que combate, diariamente, nas redes sociais.
É preciso entender as convicções de Carvalho. Ele sabe que é preciso, como o revolucionário à burguesia, aniquilar as células de esquerda e fazer, pela violência que marca a tomada do poder, para se manter nele. Não interessam as vias para que isso ocorra. Neste caso, na última eleição, valeu-se do terror psicológico.
Ele, Olavo de Carvalho, tem conhecimento de que, para manter os ideais de extrema-direita, como ele assim defende, é necessário atingir objetivos como tirar, das salas de aulas, qualquer citação de esquerda que possa influenciar o aluno e, consequentemente, um rebelde adiante.

As questões de tirar o marxismo de qualquer linha de debate é, sim, um debate para asfixiar qualquer possibilidade de retorno da esquerda ao poder e, desta vez, pelas vias revolucionárias como foram na história da luta de classes.

Não é apenas a chegada dos militares, pela via democrática, ao poder, mas ceifar qualquer ideal que possa colocar em xeque o futuro do pensamento de direita extrema. E ele conseguiu, mesmo à distância, criar porta-vozes para construir este ideal ideológico que tem defendido permanentemente nas redes sociais.
É o uso dos meios de comunicação que vai dar grandes forças às ideias de combate ao marxismo que o professor tem utilizado para expandir seus adeptos. Não há nada de estranho nisso. Ele, abertamente anti-esquerda, sob qualquer observação que tem do mundo sem nenhum combatente contra seus ideais, propaga que o jornalista é o inimigo do povo.

Inimigo do povo? Por que o Jornalismo é visto, por Olavo, como um chão perigoso para a sociedade? Devido à força que exerce na democracia. Ele sabe, e muito, que o jornalista é um combatente de seus ideais de liberdade e justiça por assim dizer.

O professor da Escola Sem Partido é contra o jornalista porque sabe que, com um pedaço de carvão e um saco de cimento vazio, o jornalismo é exercido e, com ele se faz a história. O jornalista narra os episódios que constroem a história e isso, para ele, é inaceitável.
Como morador do solo americano, tem força suficiente no governo de Jair Bolsonaro e, dominador pleno desta discussão, viu-se superior a qualquer intelectual de esquerda que acredita estar abaixo se sua inteligência.

Guru dos grandes líderes fascistas de agora, ele tornou-se um elo entre o passado e o futuro dos 25 anos de Ditadura Militar no país. Por isso que, à distância, manda o recado contra tudo e todos que tem uma visão cultural que lhe desagrada.


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