Direito em Foco | O fim de uma era e um recomeço

Escrevo hoje a última coluna desse ano, com a já tradicional dispensa da acidez, que me é peculiar, no encerramento de ano, e posso dizer que foi um ano conturbadíssimo para o nosso ramo do Direito e para o Judiciário.

Encerramos uma era política na administração do governo federal para começar outra nesse janeiro de 2019 que vem vindo, com a expectativa de mudança e reformas em geral para tentar recuperar um país alquebrado e menoscabado por muitos anos de políticas superficiais, criminosas e demagógicas.

Pessoalmente, eu espero que o Judiciário tenha uma atenção melhor, que recupere o respeito que merece como a última instituição de refúgio seguro da democracia, que não pode ter sua estrutura soçobrada por tiranos ou lacaios de abjetos e criminosos.

É hora de deixar uma época para trás para se adaptar a uma nova, trilhar o nosso caminho com mais esmero por nós mesmos, em todos os sentidos, de cultural a profissionalmente, pensando no futuro que deixaremos aos que vierem e aos que ficarem.

Talvez esse tenha sido o ano que eu encerro com mais desgosto dos cenários administrativos e judiciais, não lembro de ter visto em tempos recentes tanta instabilidade jurisdicional, órgãos aparelhados e vergonhosamente mal frequentados, como está o, outrora notório e altíssimo STF, que caiu de Supremo para Putrefato.

Embora o ano que vem vindo herde inexoravelmente os problemas que o nosso país padece há tanto tempo, nos esforcemos para que possamos melhorar todos os cenários, por tempos melhores, por condições melhores.

Assim, desejo a todos os melhores votos de tudo do melhor que cada um merecer nesse ano que vem vindo, e que vejamos uma onda de boas novas nesses tempos novos que virão.