Não existe justiça em que um ser humano passa fome. Não existe paz onde a fome reina absoluta. Onde seres humanos moram em meio à desgraça e miséria plena. Com base na leitura das bem-aventuranças do Evangelho de Mateus, por exemplo, pode-se enxergar a realidade da mentira e engano que, presente nas pessoas, todas elas, pensam que a Paz é um lugar tranquilo para se encontrar. Não é.
Comunidades oprimidas e empobrecidas que, miseráveis, com as eles arrancadas pela violência do acúmulo, coloca ao lado dos pobres e indigentes aqueles que se sentem sensibilizados com o Natal. Abraçam mas, depois, dane-se. A situação é estruturalmente injusta. Por isso a insistência na prática da justiça para a a construção da paz.
A Organização Internacional do Trabalho divulgou o crescente e invisível tráfico humano, vítimas do trabalho forçado e exploração sexual de 21 milhões de pessoas em todo o mundo.
Mais de 200 anos após a abolição da escravatura, ela é presente na exploração viva sem que ninguém lute para eliminar este inferno.
A proclamação da injustiça é o caminho para a paz. Não existe Natal, apenas o folclore que as pessoas, individualizadas, estão apenas indo à Igreja, comungando, pensando que podem fazer o gesto de amor a Deus e, na saída, cospe nas pessoas pela frieza da convivência, do acúmulo de bens, da força do dinheiro. O Natal é lindo para a demonstração do que vem dentro dele, a mensagem e amor que, friamente, é uma fraude que está estampada nos gestos de indiferença que a todos contamina.
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