Livre, leve e solto
Agora é a vez de Júlio Garcia, sucessor natural de Carlos Moisés e Daniela Reinehr, fazer o chão eleitoral de 2020. Vai usufruir da luz da presidência da Mesa para pintar o quadro municipal com suas digitais. Simpatia e raciocínio sobram-lhe. Construiu seu terceiro retorno ao controle da Casa só observando o tropeço dos afoitos. Mais que isso, ganhou o apoio da bancada do PSD que, sem nada viu, nele, tudo. Vai à convenção pessedista escolher o futuro presidente sem ter que abraçar Gelson Merisio, vivo como nunca em busca outro mandato. Sem prometer-lhe apoio, se tiver nome novo no jogo, declara soma. A disputa interna e o xadrez do ano que vem já está acontecendo.
Atuação
Duas leituras estão sendo feitas em torno da candidatura de Esperidião Amin à presidência do Senado. Aquela em que seu nome tem aparecido quase nada no cenário e, por isso, pode ser beneficiado pelo silêncio do trabalho realizado.
Outra
À medida que os nomes à presidência do Congresso aparecem com grande evidência em relação ao senador Progressista de SC, ela já estaria fora do jogo. Se isso se configurar na próxima sexta, Jair Bolsonaro virou as costas.
Pilatos
Ao afirmar que está fora de qualquer influência para fortalecer um nome afinado com seus interesses e limpo perante a opinião púbica, Jair Bolsonaro lava as mãos. Se Renan Calheiros levar a Mesa, tem sua assinatura subliminar.
Limpo
Esperidião Amin é mais que um exemplo de limpeza moral dentro de sua trajetória política e sangue novo na condução do Senado. Experiente, visionário e inteligente, o marido de Ângela seria o alvejante do novo Brasil que se busca.
Amigo
Ao derrubar a lei que proibia acúmulo de salário, vetando as vergonhas que a sociedade condena, Carlos Moisés olha para seu umbigo e, por extensão, ao clube militar. Com vários deles atuando em seu governo, decapitou a moralidade.
Aceno
Pela votação gratuita que recebeu em outubro, o melhor sinal de recado que escutou do eleitor seria, agora, dar a melhor demonstração de respeito. Carlos Moisés entrou limpo e se mancha. Tem quem diga, é convivência com o MDB.
Afeto
Mauro Mariani afirma que Carlos Moisés é um coitado e, só depois que depositou seu voto no 2º turno é que, agora, afirma o conhecido. Quando diz que o MDB não faz parte do governo, olha o eclipse com a peneira. Morde e assopra.
Certo
Quando afirma que um quadro do partido que assumir espaços no governo deve pedir licença, assemelha-se à redenção momentânea de um diabo que, vendo o inferno tornando santo, bate à porta de Pedro para morar no céu.
Enfrentamento
Estaria tudo certo para Mauro Mariani quando, retirando sua candidatura a governador, apoiaria Dário Berger no meio do mandato. Perdendo ou não, teria colocado seu nome para o debate estadual. Agora quer o senador no jogo de 2022.
Dúvida
Dário Berger sempre quis disputar governo, mas diante da insistência de Mariani, como Eduardo Moreira, jogou a toalha. Mauro teria seu retorno garantido em Brasília, possivelmente o retrato de outubro seria outro e o processo de 2022 no formo.
Lembrança
Quando insistiu na tese das prévias de abril, Mariani imaginou que Eduardo Moreira iria bater de frente e, ganhando a indicação, deixaria ele voltar de cabeça erguida à disputa pela Câmara. Deu tudo errado para o presidente do MDB.
Equação
Decidindo pela disputa e ficando em 3º no jogo, Mauro Mariani abriu espaço para Carlos Chiodini que, consequentemente, deixou campo aberto para Fernando Krelling chegar à Alesc. Se errou de um lado, acertou de outro.
Juntando
Quando aposta em Dário Berger para ser o nome à presidência do MDB, Mariani quer tirar Eduardo Moreira do jogo. Mauro tem-no atravessado na garganta. Na reeleição de Raimundo Colombo, o ex-governador puxou-lhe o tapete.
Dor
Quando o presidente do MDB lembra de Dário Berger na presidência do partido, quer isolar o marido de Nicole Torret. Mariani sabe que Eduardo jogou mais em seus interesses que no objetivo do MDB. Jogou a sigla no colo do PSD.
Antecipado
Mauro Mariani quis fazer em 2014 o que Gelson Merisio fez em 2018. O presidente do PSD mexeu forte para isolar os ulyssistas e dissolver a Tríplice. O presidente do MDB já olhava Silvério dos Reis na reeleição de Raimundo Colombo.
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