A Administração Municipal de Chapecó reuniu a sociedade na última terça-feira (12), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês, para lançar o Programa Lixo Zero, que objetiva provocar uma mudança cultural, de atitudes e hábitos, com relação aos cuidados com o lixo. “A responsabilidade deste trabalho é todos. Buscamos uma transformação para gerar economia e cidadania. Já temos muitos bons exemplos em Chapecó e sabemos que as pessoas querem participar, por isso, juntos, vamos buscar os caminhos e mostrar como faz”, explicou o prefeito Luciano Buligon.
O conceito Lixo Zero consiste na separação dos resíduos direto na fonte geradora, ou seja, em casa, no trabalho, na escola, permitindo o máximo aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos orgânicos e recicláveis. Representa, ainda, a redução do envio desses materiais para o aterro sanitário ou incineração. O Lixo Zero é uma meta:
A ideia é esclarecer o que é o lixo e orientar as pessoas a mudarem seus modos de vida e práticas, de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, em que todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo. A metodologia será implementada pelo Instituto Lixo Zero Brasil. Para iniciar o trabalho, o Prefeito assinou dois decretos nesta terça-feira (12/02).
Criou o Programa Lixo Zero, com base em três legislações vigentes: a Política Nacional de Saneamento, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PMRS).
- Contribuir para minimizar a geração de resíduos, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposição final dos resíduos no Município;
- Auxiliar na promoção de uma efetiva separação e valorização dos Resíduos Sólidos Urbanos, garantindo a viabilização pela economia circular, a preservação ambiental e a redução do volume dos resíduos enviados à destinação final;
São metas do Programa Chapecó Lixo Zero:
Fixa a Meta do Poder Executivo Municipal dentro do Programa Lixo Zero. A meta da Administração se constituirá em alcançar o desvio de 70% dos resíduos secos, por si produzidos, enviados ao aterro sanitário, até o ano de 2020.
PANORAMA DO LIXO EM CHAPECÓ
Hoje há 14 Associações de Catadores de Materiais Recicláveis no Município. 350 famílias vivem do trabalho de triagem e destinação dos materiais recicláveis. Todos os dias 144 toneladas de resíduos orgânicos e rejeitos são coletados em Chapecó e apenas 17 toneladas são recicláveis. 48% dos resíduos descartados nos contêineres laranja, que deveriam ser secos, estão contaminados, e viram rejeitos.
Em resumo, apenas 6% dos resíduos coletados todos os dias em Chapecó são reaproveitados pelos catadores. 94% vão para o aterro. O Município gasta cerca de 20 milhões de reais por ano para coletar e dar destinação aos resíduos. “Juntos vamos trabalhar para mudar essa realidade. As pessoas precisam entender que lixo é dinheiro. Se todo o volume de rejeito recolhido em Chapecó, que hoje vai para o aterro, fosse reutilizado, o Município teria uma economia de aproximadamente R$ 13 milhões por ano”, explicou o presidente do Instituto Lixo Zero Brasil, Rodrigo Sabatini.
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