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Editorial | A nova previdência

Por: LÊ NOTÍCIAS
22/02/2019 15:32

A semana começou com dois grandes temas que a sociedade acompanhou de perto. O laranjal do PSL, que o ministro Moro fecha os olhos porque, segundo lembrou, caixa 2 não é corrupção. Lula escutou isso, muitas vezes, sendo o contrário. Mas Sérgio Moro, o super ministro da Justiça, tinha, sabe-se, interesse em prender seu adversário. No caso do PSL, não tem corrupção porque todos são seus aliados.

Outro tema foi da previdência. Ganhou um tamanho espetacular em Brasília e, nos mínimos detalhes, foi apresentado à imprensa em uma reunião que durou quase cinco horas de perguntas e respostas. Desta vez, pela força que ganhou, vai passar.
A questão é o toma-lá-da-cá que marca todas as conversações entre governo, deputados e senadores. Nada é de graça em Brasília. É lá que mora o dinheiro e, quem não sabe ganhar, está fora do jogo. Paulo Guedes é um grande quadro, preparado, sabe das coisas, mas não tem a visão política de um Onyx Lorenzoni.
Será no ministro da Casa Civil que os acertos para ocupar cargos, em todos os lugares Brasil, vão acontecer. Deputado por anos, Lorenzoni sabe bem como e porque fazer para que os interesses do Planalto passe nas duas Casas. Neste caso, embora os novos deputados ainda não saibam bem como fazer, os antigos explicam. E sabem bem como segurar um projeto até forçar o governo a ceder.
Neste empurra-empurra, vai lá, volta ali e, depois, tudo passa. Claro que o governo sabe muito bem com quem contar, precisa de 310 votos para, com folga, garantir a aprovação da reforma que, pelos números, deve economizar 1 Trilhão e 100 bilhões de reais em 10 anos. Valor suficiente para colocar o Brasil para funcionar e ganhar crescimento.
Até aí as boas intenções do governo são as melhores. A Previdência está quebrada porque a sonegação das empresas, aquelas que apoiaram o golpe, não queriam que o Governo Federal cobrasse. Vale lembrar que a oposição ao governo do PT foi, também, nesta estrada. Os governos Lula e Dilma estavam mexendo para fazer o dinheiro devido entrar nos cofres.
Centenas de empresas devem bilhões para o Governo Federal e nada, absolutamente nada, é feito. Quem vai pagar a conta é novamente a sociedade. Mas ela, que votou, não está nem ai em pagar tudo novamente. Foi influenciada por uma chuva de mentiras durante o pleito e, cega, sem debate, votou.
Agora é o momento de dar apoio às mudanças. Se conseguir mexer muito, a arrecadação cai. Se manter, é provável que todo o volume afirmado que será economizado em 10 anos, possa alcançar as cifras. Mas as sonegadoras empresas vão passar ao limpo. O lance é político e vai dar à equipe do governo fora para fazer o que quiser.
O laranjal do PSL que Sérgio Moro não vê, vai atingir o Planalto em algum momento. As investigações vão derrubar outros ministros. Chegaram ao poder mentindo para a sociedade e vão continuar assim.
Os generais Heleno e Hamilton Mourão são o melhor que há de bom na administração federal. Eles, vistosos e inteligentes, são da linha geopolítica. Neste caso, se precisar, em determinado momento das coisas não funcionarem, eles entram no jogo.


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