O que é 100 dias para 1460
Carlos Moisés é um homem bom. Sabe que pode ter o tempo que quiser, disser o que pensa, fazer o que bem entende do governo que recebeu sem oferecer absolutamente nada que possa se orgulhar em frente ao espelho. Sua ex-condição de homem público, bem aposentado precocemente, servidor de carreira dos Bombeiros, a maior instituição de respeito que se tem notícia nos órgãos do Estado, não quer dizer que tenha feito algo por iniciativa pessoal que seja valoroso suficiente para que veja-se o herói na Cadeira onde se encontra. Ele não tem que dar satisfação do que fará ou deixar de fazer. O que for feito, está de bom tamanho. Se não pagar os salários dos servidores, ou elevar ao supersalário de cada um deles, construir ou derrubar escolas, ir ou não às regiões do Estado, está tudo certo. Não deve esclarecimentos porque não pediu para dirigir o Estado. Se a Reforma que vai dando seguimento na Alesc, der certo ou errado, tudo tranquilo. Se ficar tocando violão e bebendo vinho, melhor ainda. Pelo menos, nessas condições, esquece que é Chefe de governo. O ruim é, depois da enxaqueca, lembrar que tem uma Ana Campagnolo falando o que ele, em tese, não teria coragem. Ao menos a aluna do patético Olavo de Carvalho sabe abrir a boca. E ela tem ainda 1360 dias.
Nada
A comunidade política que acompanhou a coletiva do governador de SC sobre os 100 dias disse que, o maior esforço na falação foi todo o salame preenchido. Mais custoso para ele dizer tudo o que apresentou que passar pelos pouco mais de três meses.
Tranquilo
Ninguém pode cobrar absolutamente nada do Bombeiro aposentado. Como não disse o que teria durante a campanha, tudo o que falar agora é válido, inclusive o silêncio. Antes do 2º turno, a última promessa que Moisés fez foi a do casamento.
Antecipado
O chavão do Carlos Moisés de que aquele que estiver vivo verá o resultado do governo foi melhor que não estar e não ver. Até muito parecido com o raciocínio da Dilma sobre aquele mosquito, o governador disse-se honesto antes da sociedade.
Coletiva
O PSL com aquele estilo boçal de dizer que não precisa da imprensa, fez o chefe do governo de SC realizar chamamento para levar aos catarinenses os argumentos de sua gestão que o Twitter e o WhatsApp não conseguem. Aí, neste caso, jornalistas não são bunda-moles.
Oportunidade
Com a filha trabalhando no Fórum do município, seria o momento para que Carlos Moisés fosse a Abelardo Luz visitar a Exposoja, que ocorreu na semana passada e pisar no Oeste. Mesmo de mãos abanando, para sentir o cheiro do que não conhece.
Leve
Da mesma maneira que entrou, Paulinho Bornhausen saiu do PSB. Se antes tinha em Eduardo Campos a entrada pela porta da frente, em Carlos Siqueira não foi diferente. O filho de Jorge teve, em casa, o aprendizado de eloquência e verdades.
Amanhã
Sem saber qual destino ainda a seguir, Paulinho é um quadro que, onde entrar, agrega e dá direcionamento. Com o melhor perfil possível de um quadro público, tem no sobrenome tudo o que um partido sério de olho no poder precisa.
Fechou
Os deputados, três estaduais e um federal, já estão com os pés fora do PSB, mas se preocupam pela perda do mandato. Ronaldo Freire deverá, igualmente, seguir na mesma direção dos demais e do parceiro Paulinho. O partido, para eles, é atrasado ao novo Brasil.
Abriu
O partido de Gilson Marques deverá começar a maratona de construção do cenário eleitoral do ano que vem. O deputado federal vai correr as regiões para fortalecer o Novo em direção ao modelo partidário de desapego a mandato e fundo partidário.
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