Na coluna anterior, falamos sobre a percepção da corrupção quando ela acontece próximo de nós (em nossa cidade, com nosso vizinho, com nosso amigo).
É uma realidade triste? Com certeza é.
Mas existe algo que possamos fazer para superar esse quadro?
É claro que, num plano ideal, a corrupção seria derruída pela cultura do bem comum. Óbvio: quanto mais os detentores de cargos públicos e os particulares estiverem interessados em praticar o bem, menor vai ser o espaço para a malfadada malandragem.
Mas a superação de um fenômeno cultural demanda tempo, investimento em educação e paciência.
Num prazo mais curto, a probidade pode vir por meio da cultura do controle e da vigilância social. E, para que isso seja efetivado, precisamos cobrar transparência dos nossos gestores.
Havendo transparência e controle social, a adoção de práticas ímprobas e voltadas à satisfação pessoal torna-se missão mais complexa. E essa complexidade pode conduzir ao questionamento: será que vale a pena tentar praticar o ato ímprobo?
Com a transparência dos atos públicos também podemos cobrar dos particulares (empresários, comerciantes, pessoas físicas contratadas pela administração) que igualmente adotem condutas probas.
Até porque, no final das contas, quem gera (do verbo gerar) os recursos financeiros é a iniciativa privada – o ente público apenas gere (do verbo gerenciar) esses recursos.
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