A frase que diz que a pessoa só dá valor aquilo que está ao seu lado só ocorre quando, de fato, perde. Talvez isso seja uma verdade absoluta. Por que não se dá o devido valor às belezas e desafios que se tem ao lado? Porque falta amadurecimento. As pessoas ficam, dias, meses, anos, falando as mesmas coisas sem que se dê conta de que é preciso pular as coisas que não interessam e avançar em direção àquilo que de fato faz sentido.
Em tudo, em tudo mesmo, há ensinamentos que traduzem uma vida melhor. Quando se tem os olhos apenas as coisas que afetaram o espírito de maneira negativa, o que disso vale levar para o futuro? As coisas mudam diariamente. Tudo, que na vida é percebido, influencia na percepção humana. Mas as pessoas inteligentes, que sabem tirar conclusões, assumem um papel desafiador em si para, utilizando-se das boas coisas, limpar o ambiente em que vive.
Não é fácil, seja na família, no ambiente privado ou público, conviver sempre com as mesmas cobranças que, insistentemente, não dá trégua aos novos passos. Pessoas assim que não observam pulos significativos na vida, que olha tudo de forma destruidora, que não permite a felicidade contaminar tudo e todos, que só reclama, é fria, desistente e intolerante, adoece tudo ao redor.
Não existe remédio para curar chagas do passado. A insistência de manter a dor dentro do peito é pessoal. E quando não está contente com a influência ruim que isso traz a sua vida, tem que estender aos demais para sentir amparado em um vazio que, de fato, piora e destrói tudo ao redor.
A vida é curta, mesmo que se viva 130 anos, não é suficiente para vislumbrar tudo o que se quer e deseja. A falta de concluir tudo que se busca, às vezes frustra. Frustra tudo e, por sua força de fato destruidora, passa a ser criar um lugar ruim, frio, pesado, escuro e cheio de calafrios.
O que te faz feliz? Esta é uma resposta que pode ser dada somente a quem pergunta. A justificativa de um lugar feliz se dá pelo compromisso que todos buscam em fazer. Se todos querem, a felicidade nasce. Se um, apenas um, entre muitos, faz todo o contrário para trazer dor e ranger de dentes, tem muito mais força que a alegria, a felicidade a satisfação em viver e ter luz existencial.
Santo Agostinho diz que quem canta, reza duas vezes. Ou, melhor, aquele que contamina seu ambiente de ternura, desafios, luminosidade, encanto, sensibilidade, tolerância e simplicidade, ganha anos. Quem tem alegria no coração e semeia esta felicidade em seu ambiente, tem poder de transformação e faz todos, com uma facilidade grandiosa, serem felizes.
Na vida pública o desafio de dar e oferecer alegria, felicidade e entrosamento coletivo são rebaixados diante das cobranças permanentes das pessoas, principalmente aquelas em que não aceitam nada. Ela, partidária, não vê nada de beleza. Tudo é ruim, tudo é desgraça. Se não é do time dele, então é tudo um estrago total. Por que isso?
Apenas olhar as coisas ruins, sem perceber as boas, é nublar tudo. Não há felicidade em quem vive apenas com este sentimento de esquecer o que é bom e dar trevas às ruins. Não há país, estado, município, bairro, vila, rua, casa, família que vença em um ambiente de trevas. A luz, como se sabe, esquenta e dá visão, clareia e tira dúvidas.
O que se precisa, neste momento, é luz. De trevas, como se pode ver em tudo, não há como ter felicidade. Felicidade é tudo o que se precisa. De dor, das coisas que impedem isso, há de sobra. Está na hora de virar o placar para se viver com plenitude. Felicidade é o que interessa, o resto não tem pressa.
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