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Entrevista | Caleffi administra São Lourenço do Oeste observando Alesc em 2022

Por: Marcos Schettini
03/05/2019 14:35

Formado em Direito e pós-graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas, Rafael Caleffi administra São Lourenço do Oeste sem olhar a reeleição. Mostrando pulso filme para manter o desenvolvimento municipal, o prefeito concedeu entrevista ao jornalista Marcos Schettini e defendeu uma renovação geral no MDB. Ainda, garantiu que há chances de disputar uma cadeira para a Alesc em 2022. Confira:

Marcos Schettini: Quais são as maiores dificuldades, reais, dos prefeitos no dia a dia?

Rafael Caleffi: A burocracia do serviço público. A demora entre a decisão de se realizar uma ação ou fazer uma obra e a efetiva realização delas.

Marcos Schettini: A proposta de mandato tampão a ser votada na Câmara aumentando mais dois anos, é solução para mudar o que no país?

Caleffi: Quando você fala em aumentar dois anos, não é aumentar o mandato, mas sim unificar as eleições. Quando você unifica eleições se deixa de ter a parada a cada dois anos para ter uma eleição. Unificando tem menos despesa, menos publicidade política, menos politicagem e acho que o gestor público poderá estar mais focado e com planejamento mais concentrado, mais centralizado, para que as coisas aconteçam naquele ano que tem eleição. Isso hoje atrapalha muito. Acredito que seja uma minirreforma que a sociedade espera e pede, é uma nova forma de fazer política também. Não acredito que seja uma solução definitiva, mas ajuda. A solução definitiva é primeiro acabar com a corrupção. Há muito desvio de recursos públicos, há muita sacanagem no meio privado corrompendo o sistema publico.

Marcos Schettini: O MDB está vivendo um dilema interno que vem desde outubro passado. Em que o partido está certo e errado?

Caleffi: Vou ser claro e objetivo. Ou o comando nacional muda, afastando quem estiver sendo investigado e expulsando os condenados, ou o partido terá um fim trágico. E não adianta mudar só em Santa Catarina, a mudança tem que partir de Brasília.

Marcos Schettini: O senhor disse que não vai para a reeleição. Por quê?

Caleffi: A reeleição traz muita vaidade aos agentes políticos, algo que não faz bem para a sociedade e muito menos a eles. Não sou favorável à reeleição, mas concordo que é preciso haver candidatos comprometidos com os interesses da população. Este é um dos motivos que me motivou a ser candidato a prefeito, melhorar a vida das pessoas.

Marcos Schettini: Qual é o papel real da prefeitura para com a sociedade e por que é tão difícil governar para todos?

Caleffi: A prefeitura não deve ser protagonista no desenvolvimento do município, deve ser facilitadora, deve ser agente que viabilize o bom andamento da sociedade.

Marcos Schettini: Seu trabalho de hoje é de olho na Assembleia Legislativa na disputa estadual de 2022?

Caleffi: Tenho 39 anos. Meu foco é terminar bem a gestão, que encerra em 31 de dezembro de 2020. Até 2022, muita coisa vai acontecer, mas com apoio da sociedade regional, com certeza colocarei meu nome à disposição para ser um representante do Oeste catarinense.


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