Raimundo Colombo precisa de orientação
O então governador de SC não viu, em nenhum momento, a possibilidade de Gelson Merisio chegar a governador. Nunca aceitou isso porque, da ala de Jorge Bornhausen, segue à risca. Foi do ex-governador, pai de Paulinho Bornhausen, berço em que nasceu ele e Júlio Garcia na vida púbica, que tudo começou e termina. JKB não é de assinar papel, apenas a palavra lhe basta. E foi ele, com gestos de estadista, que levou o morador da Coxilha Rica às alturas de comando. Foi assim com LHS. Mesmo cobrando o cabidão das SDRs, ainda presidente do PFL, corroeu tudo e abraçou este modelo de administração responsável por levá-lo ao Senado e, depois, à Casa d’Agronômica duas vezes. Por trás dele, as orientações de quem se pautou pelo exemplo de homem público que está expresso no DNA de Roberta Bornhausen. Se tudo que Colombo fez deu certo no tropeço de Gelson Merisio, de outro, caiu junto. Para conseguir retomar o comando do PSD, vai ter que recorrer ao seu professor e orientador político. O morador da Praia Brava sabe o caminho. Se não for ele para trazer sua liderança à vida, não tem ninguém.
Martelada
Carlos Moisés, depois de matar de vez o Bombeiro que havia dentro de si, assumiu-se governador. E está fazendo todo tipo de acerto para levar, neste acordão, o melhor resultado para sua gestão. Como uma sereia, cantou aos marujos.
Total
Embora mastigadinha, a Reforma Administrativa que o dono do cajado precisa para implantar seu modo de governar, já vai ser aprovada na Alesc. A Casa onde, independente de Maurício Eskudlark, tinha vários líderes do governo.
Amparado
O chefe de Paulo Eli está acertando com as bancadas e, como é a velha política, mergulhou profundo. Bem diferente de Jair Bolsonaro que, ao contrário dele, joga a culpa da ingovernabilidade nas corporações e instituições, Moisés abraça tudo.
Empurrão
A vice de Moisés, mais ou menos o que Jair Bolsonaro falou no Texas, já deu o que tinha. Como o Chefe de SC amarra, ele mesmo, suas atitudes, jogou-a no limbo. A moradora de Chapecó, antes representativa, agora é apenas parte da chapa.
Lá
Como pegou gosto pelos talheres e copos da Casa d’Agronômica, o tirou definitivamente qualquer lembrança de sua passagem pelas guarnições que comandara. Tem um objetivo maior em 2022. Quem atrapalhar, coloca fogo.
Incendiário
Quando disse em Chapecó que iria colocar fogo na ponte de acesso ao Centro Administrativo, Moisés falou sério. A primeira a ir para a UTI, pelas queimaduras, é a sua companheira de chapa. O titular vê na vice, por enquanto, apenas isso e nada mais.
Escalando
Douglas Borba é o tecelão principal dos acordos feitos na Alesc, Paulo Eli do alcance ideal do Tesouro e o secretário da Administração, a cereja da gestão. Ninguém tasca, foi Jorge Eduardo quem viu, primeiro, o Everest de Moisés para 2022.
Brizolistas
Se antes Paulinha e Rodrigo Minotto jogavam em posições diferentes, a bancada segue na mesma direção. E falam a mesma ideia com relação a Carlos Moisés onde tem as portas abertas da Residência Oficial e do Gabinete de Trabalho.
Troca
A dupla Minotto e Paulinha olha os resultados do PDT para o grito eleitoral do ano que vem. Ao ter intimidade política com Moisés, os brizolistas querem tirar dividendos no vácuo do PSL, o partido do Bombeiro morto, agora menos necessário.
A vaga ao Senado só ficaria ao alcance de Raimundo Colombo na edição da Tríplice ou uma força extraordinária ainda desconhecida. Se não tiver como, terá que correr muito para federal. E não bater na Tamburello como em 2018.
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