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Editorial | O Brasil a caminho das trevas

Por: LÊ NOTÍCIAS
20/05/2019 15:29

Cinco meses apenas de governo e Jair Bolsonaro já pede água nas redes sociais. Como foi na campanha, sem debater nada com ninguém, apenas com a fala de um conteúdo vazio e pobre, chamou a atenção do eleitor que, pela facada, se é que de fato ela aconteceu mesmo, foi elevado, como mesmo disse o filho dele horas depois de que, o efeito do atentado acabava de dar a faixa presidencial ao pai dele.

Na verdade, foi exatamente isso que aconteceu. Movidos ao sentimento real de dor que este efeito causou na sociedade, Bolsonaro conseguiu, pelas redes sociais feitas por robôs que enviavam mensagens de todos os tipos, produzidos pelo grupo liderado pelo filho Carlos Bolsonaro, ele sugou os votos que iria para Geraldo Alckmin, Marina Silva, João Amoêdo, Álvaro Dias e Daciolo, candidatos que, iguais em oposição ao PT, jogaram todo para tirar a possibilidade de Fernando Haddad voltar.
Organizados, os chamados disparos de WhatsApp de fato fez o efeito de fake news que tomou conta do país e evitou que o candidato do PSL, no 1º ou 2º turnos, fosse aos debates. Quando ia, era sozinho. Como foi no Jornal Nacional e ao Globo News, onde apareceu com a mão riscada de azul para, se perguntado, falasse ao país o que gostaria. Aquela frase que levou como escudo de proteção às discussões que marca sua personalidade. O lema “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, foi a única palavra que deu na campanha. E venceu.
Agora, passados cinco meses de governo, não disse absolutamente nada, é confuso, trapalhão, tem os filhos induzindo-o às loucuras apresentadas, é evitado pelos Chefes de Estado no mundo, além apenas o presidente dos EUA, que ele diz amar desde criança, batendo continência para a bandeira americana, mostra um líder entreguista, vazio, distante do Chefe de Estado que deveria demonstrar.
Seus amantes, o eleitorado acéfalo que está em todos os lugares, ainda não viram as palhaçadas que têm feito. Ora fala, ora retira, ora coloca, ora retira, está e depois sai, voltando imediatamente, segue um imbecil da Virgínia que virou piada no mundo. Foi receber um prêmio em um evento fajuto, sem presenças marcantes e, ao pisar na América, não foi recebido por ninguém. George Bush, ex-presidente americano, recebeu-o em um escritório e se quer foi ao evento do propósito da viagem.
Voltou de malas vazias como foi e, pior, disse coisas aos estudantes brasileiros que, um presidente sério, não diria. Por este gesto, se mostrou incapaz de conviver com a diferença, de respeitar a democracia, de entender seu próprio momento. Agora, do nada, diz que está cercado por personalidades do corporativismo, de entidades que sugam a grandeza da nação e que não aceita seu modo e governar. Falou do Congresso e do STF como inimigos do país e se percebe como o único e inatacável ser do Brasil.
Doente em suas manifestações, sendo observado pela comunidade internacional como um homem perigoso para o mundo, Jair Bolsonaro é de fato um saco vazio. Não se sabe qual será seu destino, mas, como admiradores seus começam a pensar o contrário, ele pode, nas manifestações que está buscando para retomar a retórica, pode ver seu chão desabar.
Ou ao contrário, se ver protegido pelas massas e fazer o que quiser do Brasil. Governar de cima para baixo, fecha o Congresso, passar cadeado no STF, colocar o Exército nas ruas, manda todos estudantes desgostosos, jornalistas, líderes sindicais, empresários, partidos de oposição, para as masmorras ou paredão e assume, de vez, o que nunca conseguiu disfarçar que é seu jeito ditador e torturador.
Um perigo ronda a esquina, as pessoas vão ficar de cabeça baixa, as músicas serão caladas, livros serão queimados, líderes de oposição assassinados, censura em emissoras de rádio, TV e jornais. Se é e isso que foi o propósito, então este é o momento.
Uma grande guerra, que não terminou com a campanha, está por estourar e acontecer o que é inevitável até agora escondido apenas no raciocínio de quem pode entender as circunstâncias. Quem entendeu, sabe e, quem não consegue ver, será tomado aos poucos pela luz que, como se vê, apaga aos olhos. Um perigoso caminho se faz à frente do Brasil.
Se a Democracia, aquela que não vale mais nada perante as pessoas de bem, vai sendo assassinada aos olhos de todos e ninguém fala nada, o país de fato caminha para as trevas. E será, depois de instalada, um caos, um terror, um desastre para o futuro. Ou é um caminho, da democracia plena ou outro do contrário disso. Não se acende uma vela para dois santos. É um ou outro. Um deles é do mal. E não é a Democracia.


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