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Vieses e Consensos | Previdência Divina

Por: Ralf Zimmer Junior
27/05/2019 14:29

Consenso que o aumento da expectativa de vida e a queda da natalidade apontam para a necessidade imperiosa de reformar a previdência.

Consenso para por aí, o resto são vieses.

Muitas categorias se punham parcialmente contra a reforma da previdência, sobretudo para assegurar posições. Chame de direito, ou de privilégio. Fique à vontade.

Fato é, que faz certo sentido defender ao menos a dificuldade de um policial de 65 anos ter de estar nas ruas correndo atrás de bandido de 18 ou 20 anos, ou que uma professora sexagenária tome conta de uma turma de adolescentes.

De outro lado, causa temor maior saber que muitos italianos no final dos anos 90 viram suas aposentadorias se esfarelarem diante da moratória decretada pela Argentina, em razão de que o dinheiro “capitalizado” para uma vida tranquila na velhice foi para o mercado aportando em (re) investimento de risco em títulos de dívidas públicas de países emergentes, sobretudo naquela ocasião em mãos de “los hermanos”, que, por sua vez, decidiram não pagar mais juros, nem capital.

Nada mais natural certa apreensão, os bancos privados precisam lucrar, assim nem “os ursinhos carinhosos” acreditam que irão multiplicar o dinheiro da população por “amor à pátria”, notadamente porque o Capital não tem pátria, não tem rosto, vive do lucro e morre (quando não mata) diante do prejuízo.

Em outras palavras, os recursos aportados em bancos privados – como decanta a “nova previdência”- não trazem de reboque a garantia de efetivo resgate nas próximas décadas, ao contrário, se forem à bancarrota não há quem garanta absolutamente nenhum centavo a quem aportou. O regime legal falimentar não alcança o Estado (que pode atrasar, mas paga), entretanto é fato estatístico no mundo corporativo.

Todavia, o País realmente não pode ficar estagnado nessa aparente letargia que insiste em se revelar no Congresso Nacional. Necessita-se que quem não concorde com os termos da reforma apresente emendas, com suas respectivas razões, e que se vá à votação, vencendo-se naturalmente a maioria. E aos descontentes resta o controle de Constitucionalidade sendo o caso, ou o “recall” em 2022.

Enfim, ao que tudo indica não serão manifestações contra o “centrão”, à direita ou à esquerda, tampouco ataques ao Judiciário ou aos twiters para lá de bizarros da família presidencial, ou do “guri” que vive no “guru” da casa do Carvalho, que irão pôr o País nos trilhos. Mas, sim, o debate profícuo no Parlamento, pelas mãos de Bolsonaro, de Maia e, principalmente, dos congressistas que formam o dito “centrão”, gostemos ou não!

Eis os “santos” que a Providência Divina nos concedeu (ou que embora relutemos admitir, escolhemos no voto) para tornar verbo a previdência – imprevisível - dos homens e mulheres desse mundo de caos em que buscam padrões que nunca existirão, senão em suas e nossas esperanças.

Que divina seja a pro..., digo, (pre)-vidência!


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