A Escola Básica Municipal Rui Barbosa de Chapecó, organizou uma atividade denominada “Museu de Memórias”. A ideia surgiu a partir do trabalho realizado pelas professoras da disciplina de Língua Portuguesa, com os alunos das turmas dos 6º e 7º anos do ensino fundamental. O objetivo foi incentivar a escrita de textos referente ao tema “O lugar onde vivo” da “Olimpíada de Língua Portuguesa”. O projeto buscou valorizar a experiência das pessoas mais velhas, compreendendo o que é a memória, e como os objetos e imagens, podem aflorar lembranças de um tempo passado.
Cada estudante pesquisou com sua família e comunidade onde residem alguns itens antigos tais como: cartas, fotos, roupas, utensílios domésticos, no intuito de resgatar os fatos e histórias que envolviam os objetos. Depois registraram essas memórias em forma de texto, despertando o interesse dos alunos pela escrita. “Os manuscritos carregam memórias que muitas vezes permanecem esquecidas, resgatá-las é reviver o passado de uma comunidade, promovendo a valorização da cultura” relata a professora Greici Moratelli Sampaio. Para finalizar a atividade organizaram um espaço na escola, o “Museu da Memória”, que foi visitado pelos demais alunos, e a medida que observavam os objetos e as imagens, os estudantes demonstravam interessados e surpresos com a diversidade de peças expostas.
Para a aluna Vanessa Leocadia Bet Appel, de 13 anos, relata que com este trabalho conseguiram ver a evolução dos objetos. “O rádio, hoje, só escutamos no carro, as máquinas fotográficas, só usamos a do celular, esses que temos aqui no Museu são muito diferentes”, comentou. A professora Maria Helena Andrighi disse que percebeu com a atividade que é possível relacionar conteúdos com a realidade de nossos alunos. “Importante para torná-los participativos e autônomos dentro do processo de aprendizagem” relata. A Secretária de Educação de Chapecó, Sandra Maria Galera esclarece que trabalhos como este incentivam os adolescentes a refletirem sobre a vida. “Os alunos conseguiram resgatar as memórias de suas famílias e compartilhar histórias e objetos com os colegas, essa troca de saberes é importante para o aprendizado”, finalizou.
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