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Editorial | Arrastando-se para o inferno

Por: LÊ NOTÍCIAS
07/06/2019 12:35

Liberação de armas, tirada das cadeirinhas de nenéns dos carros, eliminar as lombadas eletrônicas, ataques ao meio ambiente, às demarcações indígenas, elogios ao troglodita que bate em mulher e fala mal de pobres, ataques à cultura, artistas, contra organizações de trabalhadores, desrespeito, intransigência, tudo está cercado em volta de Jair Bolsonaro. Agora, sem qualquer explicação, um presidente da República fica favor do jogador, em meio às dúvidas de estupro ou não que, de fato, não tem nada a ver com um Chefe de Estado.

Tudo isso, sem qualquer respeito a sua posição, o presidente apenas fala, faz e não leva em consideração absolutamente nada em que diz respeito à posição que responde.
Nos meios políticos, ou em sua bolha, aquela que ataca tudo e todos que critica e enfrenta sua idiotice, são hostilizados em plena luz do dia. Os bolsonaristas, independente de qualquer situação, não aceitam nenhuma forma de crítica que possa ser feita. São críticos de tudo, mas nada pode ser em relação a eles. O Brasil está doente. Completamente.
O que vale para um, não é para outro. As instituições são atacadas diariamente. O que presta é somente o imbecil. Os intelectuais são cercados e não há para onde fugir porque, para onde se olha e toma-se uma direção, lá está um imbecil falando suas idiotices, analfabetos em tudo, são ignorantes, estúpidos, mal-intencionados, perversos e, pior que tudo isso, cegos. Não consegue enxergar nada, sequer uma vírgula.

Não há escapatória. Se for pelo voto, ou seja, se perderem a eleição, como mesmo dizia o agora chefe de Estado, não aceitam o resultado. Mas as urnas só são verdadeiras se de fato eles vencerem as eleições. Se for outro, é roubo. O que fazer? Nada. Absolutamente nada. Não se pode fazer nada. Aguardar o tempo. Por quê?
Porque somente o tempo pode trazer os resultados que se espera de uma sociedade inteligente. Ela, quando cair em si, entender que se vive os piores momentos da economia, da política, das conquistas sociais, quando o trabalhador olhar para sua mesa e ver que não tem o que gostaria, seu salário não paga o que precisa para as mínimas existências, que não consegue responder à família para uma convivência ao menos de qualidade, vão olhar as circunstâncias ao redor e sentir que não era o governo do PT, MDB, Progressistas, PSDB ou o Congresso, ou o Supremo, vão perceber que não tem nada disso.

Vão perceber que há muitos erros a serem corrigidos, que precisa de fato mudar. Mas mudar para melhor, não para pior. Vão entender seu momento exato. Que não tem nada a ver com partidos. O Brasil não é de partidos, de blocos ideológicos patéticos como o visto neste momento. Mas um país para as pessoas. Um lugar para a família, o lazer, a casa, a mesa, os amigos, a segurança, a educação, saúde, transporte e amizade entre os povos.

Vai ver que não é um louco, desvairado, sem projeto nenhum para as pessoas que vai resolver os caminhos a serem seguidos em relação ao mundo. Tudo o que se observa agora é um palanque de tolos que não vão enxergar nada porque são assim mesmo. Nada vai dar a eles a luz necessária para entender o destino de uma Nação. Não sabem que os mesmos que voltaram para o poder são aqueles que mandaram no país por 506 anos. Não adianta dizer. Eles têm que sentir.

Tem que sentir que vivem os dissabores. Não é possível abrir os olhos a um tolo. Ele somente vai se dar conta quando o efeito passar. É como um drogado. Primeiro ele sente os efeitos, ri, dança, agradece o momento. Depois ele começa a perder tudo isso e vê que está só, desamparado, sem nada. Não tem a quem recorrer para sentir-se amparado. Ele sente fome, chora, se percebe sozinho, sem lugar para onde ir. É assim que vai acontecer. Quando isso ocorrer, ele vai entender o erro e nunca mais, nunc a mais mesmo, comete o mesmo erro.

Tem que esperar o efeito passar. Não adianta nada. Quando tudo isso passar, que se ver desvalido, vai levantar a cabeça. Ai, neste momento, será o rumo a tomar. Um ali, outro lá, mais aquele acolá. Aos poucos, voltarão à realidade. Não há como impedir isso.
Se não tem como fazer cada um deles entender seu arrasto para o inferno, sua ida à morte social, tem que dar o tempo ideal. Não há como fugir. Tem que esperar o tempo. Ele, como se vê, é o senhor da razão.



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