Bolero do inferno
As exposições do site The Intercept Brasil, que jogou apenas um mínimo do todo que diz ter em seu poder sobre Lava Jato de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, tremeu todas as instituições. Os instrumentos foram todos desafinados. É verdade que o país precisa ser passado a limpo e que todos, sem exceção, devem ir para a cadeia. Isso, inclusive, nas investigações que estão no calcanhar de Flávio Bolsonaro. Se Queiroz ainda é o fantasminha camarada, o terror de fato são as revelações que podem mofar, se forem comprovadas as declarações do agora ministro da Justiça e o membro do MPF sobre a guerra eleitoral do ano passado. Se os principais veículos do mundo, seja dos EUA ou Europa, dão capa às notícias, pedidos da OAB para afastamentos do ex-juiz do cargo Executivo e também do procurador da Lava Jato, colocando em xeque a programação das Reformas em andamento no Congresso, é a sinfonia do caos que precisava entrar no palco. E, sabe-se, não foram espirradas tudo o que o Chefe de Redação do site diz ter entre áudios e vídeos. A República parece ter entrado, de vez, no liquidificador. O governo federal, por tudo o que tem vivido, dá a impressão de que tem o gabinete no inferno. E por tudo o que tem feito contra si, até o diabo já abandonou o próprio reino.
Reação
Quase uma centena de Câmaras de Vereadores vão manifestar a partir de hoje a investida, fulminante, que o governador deu nos hospitais filantrópicos de SC. As manifestações são em favor das entidades. Moisés perdendo espaço.
Sensibilidade
Desde o início do ano que a direção dos hospitais e da filantropia buscavam um encontro com Carlos Moisés, sem sinalização positiva. Depois da reação da sociedade, inclusive com vereadores e deputados unindo forças, encurralou a indiferença.
Então
Carlos Moisés tem tudo para dar certo no meridiano do diálogo. Mostrando-se sereno, pode dar ouvidos aos concursados dos bombeiros, escutar os Praças na questão de pilotos de helicópteros e aviões, filantropia, prefeitos, vereadores. Ser governador.
Cena
Daniela Reinehr sabe que os apertos de mãos e tapinhas nas costas que seu chefe tem dado em encontros públicos não passa de teatro. A vice já alimentou, inclusive, sair do PSL. Sentindo-se inútil, está cansando ela e todos.
Vazia
A vida pobre da vice-governadora tem tirado seu sono na longa semana sem fazer absolutamente nada em favor das pessoas. Gastando em segurança pessoal e nas idas e voltas para lugar nenhum. Ela mesma, dentro do partido, não se percebe mais.
Volta
João Paulo Kleinübing, depois do tombo coletivo na eleição do ano passado, já ensaia o retorno aos debates. Ao seu lado, em geografias diferentes, Napoleão Bernardes e Décio Lima já desenham 2020. Todos ex-prefeitos de Blumenau.
Engajado
Napoleão Bernardes vai declarar apoio pleno à reeleição de Mário Hildebrandt e será, junto às forças municipais, voz para este alcance. O ex-tucano precisa, muito, vencer o pleito que segue para olhar o desempenho de 2022.
Mergulhou
O presidente da Acic de Chapecó é porta-voz de Carlos Moisés. Ele foi contra Gelson Merisio e ignorou a representação do Oeste naquela eleição. E tem sido ele que, pelas movimentações, tem dado rasteira em Daniela Reinehr. A vice sabe.
Posicionamento
Carlos Moisés utilizou o contato direto com Cidnei Barozzi para atropelar a vice Daniela Reinehr na questão da redução do duodécimo às entidades democráticas. O presidente da Acic ignora a presença viva da vice pela inocência demonstrada.
Amigo
Cidnei Barozzi deveria chamar os presidentes do Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual para, antes de fazer conluio na defesa dos interesses do governador, entender a teia de cada célula. Isso é democracia.
Diminuto
Quando Barozzi busca só jogar nos interesses do governador, sem escutar os presidentes do TC, TJ, Alesc e MPE, por exemplo, fica na versão fácil. Não é possível que todos os Poderes estejam errados e Cidnei certo. O empresário, nada imparcial, está muito WhatsApp.
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