Os desafios do MDB para 2020
Celso Maldaner tem que mostrar bem mais o pulso daquele que conquistou para presidir o partido. Não sabe se ri ou chora. A saída de Gean Loureiro bem antes de ocorrida a convenção, pode ser vista como alívio se, de fato, ficou aberta a apresentação de um nome para disputar o pleito. Paulo Afonso, o chamado Homem das Letras, perdeu para Esperidião Amin o governo que LHS, duas vezes, mostrou força sobre o Progressistas. A diferença entre o esquecido Paulo Afonso e o senador desaparecido, é grandiosa. O primeiro, um fantasma, o segundo um mito, se estivesse por aí, já saberia quem iria disputar a prefeitura da Capital. Caso Loureiro retome o comando, e isso está praticamente claro, os ulyssistas terão que buscar um nome à altura. O prefeito afastado, cedo ou tarde, vai voltar com gana espartana. Cabe ao partido do deputado federal de Maravilha entender quem é seu nome na disputa. Está na horta de apresentá-los.
Fidelidade
Tudo o que João Batista Nunes tem feito na interinidade, tem sido na direção de responsabilidade e respeito ao prefeito afastado. Joga e trabalha na confiança plena em Gean Loureiro porque, mais que parceiro político, é amigo. Conhecem-se.
Desfecho Enquanto Gean Loureiro começa, com mais força hoje, a se movimentar para afirmar que o ocorrido em torno da operação que viveu, tem armação para tirar sua força eleitoral de recondução. Ele mesmo arregaça as mangas.
Compromisso O prefeito da Capital quer conduzir um processo paralelo para amenizar o estrago que foi produzido em seu entorno. Os seus colaboradores não têm a mesma desenvoltura para derreter o que ele, apenas ele, pode influir.
Politicagem O processo vivido teve um significado distante do processo eleitoral do ano que vem. Gean Loureiro, e a oposição, sabe que o tempo tem tudo para dissolver a seu favor no ocorrido. Ai é que entra o marqueteiro do governo.
Quadro Fábio Veiga, o fantasma do Metropolitan, é a voz que vai trabalhar o derretimento do estrago em torno do prefeito. Não é apenas uma questão eleitoral de Florianópolis, mas do prefeito da Capital de SC. Portanto, estadual.

Mexida
Gean Loureiro e Fábio Veiga vão ter que olhar para a Câmara da Capital de Roberto Katumi. Aliado foi em seu terreno de comando que, na semana de terror, a base foi tímida na defesa. Talvez foi o recado que o titular, afastado, conheceu.
Lealdade João Batista Nunes, o interino, está seguindo o catecismo que lhe cabe. Sabe que se avançar muito, corre risco, não sendo afoito, também perde. Por isso, bem guiado, está na medida certa para fazer. É parceiro, mas também olha-se.
Então O prefeito interino da Capital, vendo-se vice ideal, aquele quadro perfeito que não atrapalha, ganha muito. Discreto no que lhe é necessário, joga na medida do que se apresentou até agora. Sabe que não pode tirar dividendos do que agora vive.
Elementar Mais que colocar as duas mãos na massa, o agora interino da Capital sabe bem que política, uma roda, se movimenta. Da mesma maneira que atropela, às vezes aleijando, não mata. E por isso, o que vive agora, lhe ensina a estar onde não se machuque.

Contaminação Todos os prefeitos de SC, ao ver o que ocorreu com Gean Loureiro, vivendo no Céu e no Inferno, são atingidos em igual desgaste. A política, cobrada permanentemente, requer lisura e transparência. Por mais que assim façam, é insuficiente.
Luta A soltura rápida de Gean Loureiro, menos que imaginavam seus odiosos, é o energético de retomada de posição de hegemonia no debate sucessório. Sabe que para dissolver sua condenação antecipada, além do marketing, sua agilidade.
CadêPassada a euforia da oposição com o espetáculo de condução e soltura do titular, é na Câmara que os gritos de apoio deverão acontecer. Depois da semana do ocorrido e o abençoado feriadão, agora é saber a força da oposição no jogo.
