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Os donos do Brasil

Por: LÊ NOTÍCIAS
14/02/2017 09:03

Os conflitos agrários são permanentes com costumeiros assassinatos de índios por capangas de latifundiários que se sentem ameaçados em suas posses ou desejam ampliá-las tomando as terras indígenas para si.

O desrespeito aos direitos dos inúmeros povos indígenas é tão grande no País que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou um relatório da violência Contra os Povos Indígenas no Brasil com dados intrigantes. O crescimento das violações das Terras Indígenas, omissão do Poder Público, os índices são alarmantes com quase 62 mil vítimas que vão desde ameaças de morte, homicídios, tentativas de assassinato, lesões corporais e violência sexual, até estupro de adolescentes com presença de seus pais.

O relatório mostra também que o conflito por terra pode continuar porque boa parte das Terras Indígenas permanece sem regulamentação. Não basta comemorar mais um Dia do Índio. A data sugere profundas reflexões sobre a civilização brasileira e sobre que tipo de País se quer se deixar e os legados para as gerações futuras. Os índios precisam de terras.

O dia 19 de abril, mais um está chegando, e o que se viu em Chapecó, depois da morte por acidente de um menino indígena, com manifestações de ódio pleno, desrespeito, preconceito, ignorância de quem não tem noção dos horrores que as nações viveram e vivem através da história.

Em 1500, quando Pedro das Tamancas saqueou, pela primeira vez, as riquezas desta terra de Pindorama, estima-se uma população indígena de 10 milhões de pessoas. Atualmente são pouco mais 900 mil habitantes, divididos entre rural e urbano. A beleza de existirem cerca de 69 povos não contatados, isto é, que nunca tiveram a presença da civilização, e quase 280 línguas diferentes faladas, mostram que ainda não falam português.

Todo o problema das Terras Indígenas passa também pela questão da reforma agrária, muito tímida no País com imensas porções de terras agricultáveis e com muita riqueza de fauna, flora e no subsolo das florestas brasileiras. Com isso, muitos interesses gananciosos e capitalistas querem-nas pelas suas riquezas da fauna e flora.

Dizimados, humilhados, cuspidos, desrespeitados, hostilizados, odiados. São um farto dicionários de terror que os índios do mundo, e do Brasil até violentados, assassinados à luz da manhã, aos olhos das autoridades que, indiferentes, assinam o massacre.

É preciso punir todos eles. Colocar a Polícia Federal para conhecer quem são os agressores físicos e psicológicos, para levar todos à Justiça. Em Chapecó ficou claro. O maior time do mundo, que por um acidente se tornou conhecido em todos os lugares do planeta, tem um índio como seu mascote e é, neste mesmo lugar, que sofreu e sofre tantas agressões.


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