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Entrevista | Eduardo Pinho Moreira volta às discussões e fala tudo

Por: Marcos Schettini
04/08/2019 14:13

Eduardo Pinho Moreira está dedicado à família e encontros com amigos. Neste período de sete meses do atual governo, se reservou a viajar, mas não esquece o tabuleiro político nacional e estadual. Nesta entrevista, diz o que pensa de Carlos Moisés, Jair Bolsonaro, MDB e seu futuro político para as municipais e 2022.

Marcos Schettini: A eleição presidencial no país parece não terminar. Por que o enfrentamento continua?

Eduardo Pinho Moreira: O presidente Bolsonaro venceu as eleições fruto do extremismo que dominou e domina ainda o Brasil, não por um programa de governo, então ele precisa manter a corda esticada para não perder apoios (a solução não está nos extremos e sim no centro). Ouvi muitas vezes do Ulysses Guimarães que a história não dá saltos, quando isso aconteceu não terminou bem.

Schettini: Por que as redes sociais mentem tanto e como enfrentar isso?

Pinho Moreira: O pensador e escritor italiano Umberto Eco escreveu o seguinte: que no mundo há imbecis ninguém tem dúvidas, só não se sabia que eram tantos e a internet permite que os imbecis se manifestem sobre assuntos que não conhecem. Só com educação e boa informação se conseguirá diminuir o impacto das redes sociais. Vai demorar.

Schettini: O governador Carlos Moisés tem seu secretário da Fazenda ajustando as contas. É o MDB na tutela do Tesouro?

Pinho Moreira: O governador na transição percebeu o bom encaminhamento dado a setores importantes do governo, como controle de contas, sistema prisional e segurança pública, então a manutenção dos titulares foi decisão de quem quer acertar. Todos são funcionários de carreira do Estado.

Schettini: A operação Alcatraz insinua seu nome. O que esperar destas investigações?

Pinho Moreira: Que tenham rapidez para esclarecer aos catarinenses. E o velho ditado: quem não deve não teme.

Schettini: Quando Celso Maldaner venceu Dário Berger na convenção do MDB, o senador se afastou dos debates. Quem são os nomes de 2022?

Pinho Moreira: Política é dinâmica e mudanças acontecem com rapidez. Veja o caso do Moisés. Além dos nomes postos: Dário, Udo, o meu, surgirão outros, fruto também das eleições de 2020. Exemplo é o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli.

Schettini: Mauro Mariani igualmente afastado. Se isolou e abandonou tudo. Por que o MDB vive este suplício?

Pinho Moreira: O MDB já superou crises graves ao longo da sua história que começou em 1966. Nosso grande problema foi a repercussão das maracutaias dos dirigentes nacionais, muitos deles sem história no MDB, como Romero Jucá, Eduardo Cunha, Gedel, Sérgio Cabral, todos com carreiras em outros partidos e que vieram trazer influências nefastas ao partido. Mas em SC nosso partido é motivo de orgulho e tem grandes exemplos de administradores públicos, por isso continuaremos a ser o maior partido de SC nas eleições do próximo ano.

Schettini: Com a saída de Gean Loureiro, o partido teria quem para a municipal da Capital?

Pinho Moreira: Claro que ficou mais difícil, pois todas as fichas estavam no Gean Loureiro que faz grande administração. Assunto complexo que deve ser encaminhado pelo partido da capital e Dário Berger.

Schettini: Qual o caminho de Eduardo Pinho Moreira em 2020 e 2022?

Pinho Moreira: Participo da vida partidária desde cedo e acredito na política apesar do momento de descrédito. Não adianta, a solução será política e espero poder contribuir. Afinal, aos 70 anos e tendo vivido momentos importantes da vida pública brasileira como deputado constituinte, prefeito, secretário de Estado, presidente de empresa estatal, vice-governador e governador, além de médico, não é certo ir para casa descansar. Mesmo sem mandato posso contribuir. Continuarei militando.

Schettini: Nestes tempos de dúvidas, abandonar a vida pública é encontrar paz?

Pinho Moreira: Essa hibernação que fiz foi bom para mim e minha família. Ler muito, vivenciar novas culturas e hábitos, conviver mais com quem se ama também é paz. Então estou em paz.

Schettini: Quem é o PSL nas próximas eleições municipais e estaduais?

Pinho Moreira: Terão participação boa nas eleições como resquício de 2018, mas longe daquele percentual que tiveram. A população já percebeu que não é bem assim e que vara de condão só em contos de fadas.


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