Parabéns a SC
O recuo do governador em relação ao ICMS, voltando ao imposto zero, mostrou que ele, sensato e responsável, soube reconhecer seu erro e o tropeço que iria viver caso a teimosia fosse mantida. Com este gesto, o mesmo barulho que o agronegócio fez para desgastar sua administração, deve ser o mesmo para dar a ele o respeito merecido. Errou na avaliação econômica sem observar a política. Mascando tira sua grandeza e demonstração de sensibilidade e respeito. Se pode voltar de uma decisão equivocada, pode também aprender com isso. Passou pelo corredor polonês e viu os efeitos. Aprendida a lição, torna-se um professor. A Faesc, Ocesc e entidades sindicais devem, por obrigação, reconhecer o valor da sua humildade. Venceu todos os que se propuseram a entender o perigo das decisões atrapalhadas. Se agora é este o tom dos entendimentos, que permaneça assim. Grandes homens sempre acham as melhores saídas para o sucesso de todos.
Impressão
A recepção que Jair Bolsonaro ofereceu às entidades e jornalistas presentes ontem no Palácio do Planalto, foi vista como a mais cordial e afetiva possível que se tem notícias das relações com os setores do Poder. O presidente foi no estilo queixo-duro que marca sua liderança e afetivo ao mesmo tempo. Os tempos mudaram.
Enfrentamento
Jair Bolsonaro não leva em consideração circunstâncias e diz o que pensa. Não está preocupado com o que os outros vão dizer e o que pensar. Ele, como foi visto, é energizado em alta tensão. Estopim curto, sorriu forte na fala do ex-presidente da Acaert, Ranieri Moacir Bertoli, quando afirmou ter nascido em 31 de março de 1964. Ano da tomada do poder militar.
Apostas
As moedas, sobras de uma compra ali e outra lá, foram usadas para saber quem, os deputados ou Moisés, vai sair perdendo na queda de braço, outro espetáculo à parte que o ex-bombeiro desenhou. Insatisfeito com o terremoto vivido na questão do ICMS com o setor do agronegócio. Ninguém apostou nos deputados.
Eles
Os deputados federais até entenderam que Jessé Lopes e Ana Campagnolo passaram dos limites em enfrentamento com o governador, mas um puxão de orelha ali, outro lá, ajusta. A questão é no Centro Administrativo. Os parlamentares só ficam com o palito e Moisés com o sorvete. Um desequilíbrio não apenas nos dois, mas em todos.
Pesticidas
Não seriam o produto que os agricultores estão apavorados caso o entendimento do governador se mantenha. Marlene Fengler consultou dados da ONU e, sem os produtos, a perda na agricultura é de 40%. O que confirma que Moisés pode voltar e que não é afrontoso dizer que errou. A deputada rodou 10 municípios do Oeste e viu de perto a desolação.
Ela
Marlene Fengler é filha de agricultor que, como todos, estão com as unhas enterradas na terra para garantir a safra que bate à porta. A deputada, como muitos, sabe que sem os agrotóxicos e o aumento do ICMS, é o desastre pleno para o produto rural. Moisés sabe, depois da votação de quarta na Câmara, que o agricultor pode andar armado.
Quase
Se Jair Bolsonaro tem ainda suas dúvidas de manter o filho para assumir a Embaixada nos EUA, Jorginho Mello já dá positivo para a visita feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro ao seu gabinete. A conversa demorada apenas no tamanho dos entendimentos entre ambos, sinaliza que o senador vai depositar seu sim às intenções do Planalto.
Desafio
Depois de ampliar de 3 para 12 milhas a proibição da pesca de camarão, pescadores tiveram suas barbatanas arrancadas violentamente com a medida. O deputado Felipe Estevão reuniu pescadores para deliberar sobre o tema. Vai levar Moisés e Júlio Garcia, da Alesc, para um entendimento com o governador Eduardo Leite e Luiz Lara, presidente da Assembleia.
Errado
A medida para ampliar o tamanho do mar é, na verdade, para diminuir a produção. Eduardo Leite é um quadro alto, com firmeza de posições evoluídas e sensatas. Esta é a motivação do deputado Felipe Estevão que reúne todos em Porto Alegre. A safra, de setembro a fevereiro, movimenta 15 mil toneladas e retorno de 50 milhões em ICMS a SC e RS.
Fora
João Amin estaria já amadurecido para sair da disputa eleitoral do ano que vem. O deputado é um quadro com preparação de berço e sabe, até pelas circunstâncias conhecidas, que tem vasto conhecimento do desafio de guiar Florianópolis. Se manter esta postura, sobra o espaço para Pedrão. Se o vereador mais o votado de 2016 fugir, o Progressistas fica à deriva.
Leve
Caso Gean Loureiro não tenha um membro da família Amin no confronto eleitoral, vai passar uma eleição jogando ping-pong com as filhas Marina e Beatriz. O prefeito da Capital não subestima adversários, mas pelas leituras diárias que tem do desempenho de seu governo, o cidadão identifica suas condições com os benefícios de gestão.
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