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Direito em Foco | A ética, a moral, o Direito e o porco II

Por: Gustavo de Miranda
28/08/2019 11:17

Os conceitos mais difíceis de se explicar são os de ética e moral, mas é sempre bom tentar, tem sempre quem entende.

É extremamente complicado convencer que são dois conceitos diferentes, embora estejam ligados pela finalidade. E a diferença já começa na origem, pois ética vem do grego e significa “modo de ser” e moral vem do latim e significa “costumes”.

Assim, a ética define um conjunto de valores, particularmente a cada pessoa, que orienta o comportamento diante de outras pessoas na sociedade em que vive e busca o bem estar social. E a moral é o conjunto de normas coletivas, culturais e costumeiras, aprendidas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano e regula o comportamento da pessoa diante da sociedade em geral.

A moral sempre existiu, mesmo veladamente, pois todo ser humano tem uma consciência que o faz distinguir o certo do errado no contexto em que vive, mas a ética já surgiu como estudo, pois investiga e explica as normais morais e leva a pessoa a agir não só pela tradição, educação ou hábito, mas por convicção e inteligência. Enfim, as duas buscam a determinação de fazer ampla, cultural e cotidianamente o bem.

O direito usa, ou pelo menos tenta usar, das duas para interpretar ou construir a ideia da lei, porque busca o bem estar mais amplo e coletivo que pode, pois ela não pode ser tendenciosa diante das necessidades de uma universalidade. Nem sempre uma lei é coisa certa pra uns ou pra outros, e é aí que entra a moral e a ética, pra dar os “porque sim” no contexto social.

O direito evolui com a sociedade e ela caminha sempre para o senso do maior bem-estar possível para o maior número de pessoas possível, por isso que a igualdade e o respeito às diferenças tem sido um grande norte para chegar nessa igualdade, e com isso se aplica justiça também.

Essa busca pelo bem coletivo, claro, dá ouvidos a todos os tipos de opinião, inclusive a dos extremistas de qualquer natureza, embora sejam mais enfadonhos e comediantes do que uma influência positiva, a maioria deles serve de exemplo de como não ser, e isso entra, com o tempo, na moral e na ética.

Ah! Os extremistas...esse pessoal que inventou o “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Exigem respeito com suas crenças ou modo de vida, mas respeitar os outros não precisa, julgar e xingar faz parte da “luta”, ora, são julgados também! Cumprir os seus deveres é opressão, querem tirar seus opressores do pedestal da ignorância pra depois subirem nele e fazer igual. Mas essa gente não dispõe de argumentos inteligentes o suficiente pra irem muito longe.

Esses são os moralistas, os primeiros que vêm com aquela opinião cheirando a naftalina pra dar adjetivos e tentar explicar o que é feio e o que é bonito escanteando a ética, mas ainda bem que a coleira moral deles não vai muito longe, pois alguns, se contrariados, podem morder.

Enfim, certa vez dei um pouco de ironia numa brincadeira dialética com um amigo moralista: “...cara, não importa isso tudo, você pode ser religioso, feminista, comunista, vegano ou o dragão de São Jorge, mas nunca vai ser melhor que um porco. Jamais dispute com um porco, ele tem bacon, e esse argumento é forte demais pra você...”.

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