Em entrevista exclusiva concedida ao jornalista Marcos Schettini, o senador Jorginho Mello falou do ritmo de trabalho que tem impresso em Brasília, buscando desburocratizar, dando mais liberdade para o empreendedorismo, garantindo geração de empregos. Ainda, se diz distante de Carlos Moisés, vê como favorável a indicação de Eduardo Bolsonaro para Embaixada nos EUA e que quer eleger 40 prefeitos do Partido Liberal em 2020. Confira:
Marcos Schettini: Qual é o caminho do senador neste momento de cobrança ao Governo Federal?
Jorginho Mello: Nós precisamos acalmar os ânimos nesse momento que o Brasil vive, a chapa tá quente, a gente tem que promover o diálogo, ajudar o Brasil a fazer as transformações que o país precisa.
Schettini: Presidente Jair Bolsonaro tem qual avaliação?
Jorginho Mello: É um governo novo, foi eleito para fazer mudanças. Estamos no primeiro ano, acredito que sua equipe de ministros tem trabalhado no sentido de destravar, desburocratizar. Nós temos que apressar o passo para fazer a economia girar. Aprovar o Pacto Federativo, deixar mais recursos nos estados e municípios. Nosso trabalho agora é para dar mais liberdade para as pessoas empreenderem, para as pessoas terem emprego.
Schettini: Como o senhor vê o governo Moisés até agora?
Jorginho Mello: Tenho pouco contato com o governo, mas tenho ajudado o Estado sempre que sou solicitado pelo governador e pelas lideranças políticas, é uma obrigação minha ajudar nosso Estado, eu sou senador de Santa Catarina.
Schettini: Eduardo Bolsonaro passa no Senado?
Jorginho Mello: Essa é uma prerrogativa do Presidente, fazer indicação é sua competência. Essa é uma votação secreta, mas eu defendo a transparência. Eu defendo o voto aberto, eu defendo a transparência. O meu voto é favorável e eu acredito que passa no Senado.
Schettini: Como o senhor entende esta indicação para a economia do país?
Jorginho Mello: Eu consultei especialistas sobre o tema. O fato dele ser filho do presidente vai favorecer nas relações comerciais. O fato de se reunir com um embaixador que tem canal direto com o presidente modifica as conversas. Os empresários vão saber com quem eles estão negociando. Isso vai ser favorável para o Brasil.
Schettini: Quais são os desafios do PL em 2020?
Jorginho Mello: Continuar fazendo política com qualidade, seriedade, política levada a sério – esse é o nosso lema. Duplicar nosso número de vereadores, eleger no mínimo 400. Já temos 37 vice-prefeitos, queremos eleger no mínimo 70, e 40 prefeitos. Uma meta arrojada, em cima de muito trabalho, de conversa reta, de posicionamento firme.
Schettini: O senhor vai disputar a majoritária de 2022?
Jorginho Mello: É muito cedo, eu fui eleito para senador. Eu tenho uma missão de defender o Estado de Santa Catarina lá na Câmara Alta, na casa revisora. Hoje eu tenho essa missão, vou continuar defendendo o nosso Estado.
Schettini: Qual tipo de eleição vai ser a próxima?
Jorginho Mello: Uma eleição em que as pessoas estão mais preocupadas e isso é muito bom para a qualidade dos candidatos, dos projetos. Tem gente que antes não considerava ser candidato e agora já cogita e isso é muito bom. Isso é importante. Novas pessoas, novas ideias.
Schettini: A infraestrutura é o maior problema de SC. A Fiesc tem um mapa deste atraso. O que esperar?
Jorginho Mello: Eu não espero, eu continuo defendendo Santa Catarina, somado de todos os deputados federais e senadores, através do fórum que eu já tive a honra de presidir. Os estudos da Fiesc evidenciam a necessidade do investimento em infraestrutura. Essa parceria com a Fiesc, com o Governo de Santa Catarina e com o Governo Federal tem que continuar para que a gente consiga concluir todas as obras estruturantes.Rua São João, 72-D, Centro
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