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Entrevista | Desenvolvimento regional e qualidade acadêmica são os pilares da Unochapecó, diz Jacoski

Por: Marcos Schettini
25/09/2019 14:39 - Atualizado em 25/09/2019 14:41

Dias após ser reeleito reitor da Unochapecó, o professor Claudio Jacoski concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e, novamente, defendeu a Educação como pilar principal da evolução social e humana. Falou da importância da Acafe, dos desafios do Brasil e das políticas educacionais para as futuras gerações. Confira:

Marcos Schettini: Quais são os desafios reais da Educação no Brasil?

Claudio Jacoski: O país necessita de uma Reforma Educacional. O modelo existente já não é suficiente para reposicionar nosso país em uma condição de extrema competição que ocorre no mundo. Reestruturar o modelo a partir do ensino básico, fortalecendo a ciência, matemática e a língua como forma de recuperar o tempo já perdido. Os índices de avaliação mundial comprovam nosso atraso e, em idade universitária, menos de 18% dos nossos jovens estão estudando, ou seja, os índices buscados pelo Plano Nacional de Educação (PNE) não serão atingidos.

Schettini: Qual tipo de Educação é a ideal para projetar o futuro?

Jacoski: Uma educação interativa, que permita que o estudante adquira competências e habilidades. Uma condição muito mais próxima da evolução humana e que mude este quadro de obrigatoriedade de estudar, para um modelo prazeroso, criativo e interativo entre os estudantes.

Schettini: A chamada Escola Sem Partido abre qual debate e o que esperar disso?

Jacoski: Abre um debate importante, de que devemos deixar para trás ideologias e a intencionalidade de usar a educação para expansão do poder. Necessitamos que retornemos a um modelo em que a ciência, a tecnologia e a inovação estejam presentes em nossas escolas. Nossos jovens precisam ter uma expectativa futura pela educação, com uma formação profissional especializada, porém com poder de reflexão crítica, sem amarras partidárias ou ideológicas.

Schettini: A Unochapecó é uma rota institucional que tem dado certo por qual aplicação?

Jacoski: Uma gestão profissional e que respeita as pessoas, com foco no desenvolvimento da região. Nosso foco é a qualidade acadêmica e a responsabilidade de continuar a escrever uma história de sucesso e desenvolvimento.

Schettini: Qual linha de responsabilidade a Unochapecó tem no desenvolvimento econômico, político e social de Santa Catarina?

Jacoski: A Unochapecó completará 50 anos em 2020. Neste período foram mais de 30.000 pessoas que formaram-se nos mais diversos cursos de graduação e pós-graduação. Em cada espaço público ou privado de nossa região há alguém formado na nossa instituição. Muitos que se formaram em nossa universidade hoje representam organizações de sucesso em Santa Catarina e no país.

Schettini: Fies, Enem, Sisu, Sisutec, Prouni. Não são muitas siglas para uma só missão?

Jacoski: A academia costumeiramente é um local que a complexidade acompanha os processos e as atividades. Os projetos, políticas e programas fazem parte da vida da universidade e trazem por trás uma extensa combinação de situações, que tenho certeza não são de simples compreensão para a população. Quem sabe a simplificação de processos poderia ser importante para um avanço não só na educação, como em outras políticas públicas. A impressão que se tem em alguns momentos é que os assuntos de Brasília, geralmente são estruturados para não serem de simples compreensão ou execução, infelizmente.

Schettini: Por que o estudante olha o vestibular com terror? Ele tem que ser eliminado?

Jacoski: O vestibular mudou muito. Hoje em dia ele existe somente de uma forma efetiva para a Medicina. Os demais processos seletivos são simplificados, pois, em muitos casos, há vagas e não há estudantes para cursar, seja em instituições privadas, comunitárias e também nas públicas.

Schettini: Qual é o significado de importância da Acafe para a educação do amanhã?

Jacoski: A Acafe tem uma importância significativa para Santa Catarina. Foi por conta desta estratégia que em cinco décadas diversificamos e equacionamos a economia nas regiões de nosso estado catarinense. O futuro é algo a ser analisado com muita calma, pois as últimas políticas educacionais para o ensino superior impostas pelos governos do país (no mínimo os quatro ou cinco últimos) abriram o ensino superior para o mercado e investimentos estrangeiros, colocando em xeque a educação comunitária. Os desafios são enormes e há que se discutir o que se espera deste modelo comunitário, por isso a Acafe é fundamental.

Schettini: O ministro da Educação representa o que neste Brasil de nova direção administrativa?

Jacoski: O ministro da Educação tem uma importância fundamental para o futuro, não somente da educação, mas do país como um todo. Pensar em educação é preparar o país das próximas décadas. Em alguns momentos não se consegue ver nas ações que esta preocupação está colocada. Temos pressa e muito o que avançar para preparar o país para as próximas gerações.

Schettini: O senhor foi reeleito para mais um mandato à frente da Unochapecó e sem chapa de oposição. É o efeito de que?

Jacoski: É resultado do excelente trabalho realizado no primeiro mandato. Conseguimos evoluir nos índices de avaliação junto ao MEC, investir em obras solicitadas há muito tempo, climatizar toda a universidade, inovar em muitos produtos tecnológicos que colocaram a Unochapecó em um patamar diferenciado, enfim, muitos acertos na gestão. Além disso muita conversa e preocupação com toda a comunidade acadêmica, o resultado disso foi 87% de votos que nos colocam com a obrigação de seguirmos nosso caminho de sucesso da nossa querida Unochapecó.


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