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Editorial | Está mais que na hora de liberar os cassinos no Brasil

Por: LÊ NOTÍCIAS
22/10/2019 17:26 - Atualizado em 22/10/2019 17:28

Há uma grande controvérsia sobre a jogatina no Brasil. Talvez a motivação desta proibição dita como jogos de azar, foi estabelecida por força do decreto Lei 9215 de 30 de abril de 1946 que, absurdamente, 73 anos depois de assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, com o argumento de que o jogo é degradante para o ser humano. Muitos destacam que aquela decisão teve forte influência da esposa do chefe do Executivo, Carmela Teles Leite Dutra, motivada por sua forte devoção à Igreja Católica. Mas isso não se justifica mais.

Além de todo este envolvimento da igreja sobre as ações de governo, como se não bastasse a concessão de licenças para a exploração da atividade por particulares muitas vezes, e isso também pode ser uma verdade, pode ter as digitais de ações criminosas como, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e de pessoas, como muitas vezes se tem conhecimento.

Com o avanço forte e irrevogável da tecnologia que por todos, abaixo da internet, pode-se afirmar que jogar online, tem mesmo efeito se, de fato, todos os argumentos podem justificar sua presença. Efeito este que, fantasma, tem igual capacidade de produzir e, é preciso falar, que permitem a qualquer um instalar um cassino virtual em seu computador, celular, tablet que, além da crescente convicção de que direitos individuais, não devem ser tolhidos pelo Estado, fazem com que passe a admitir uma legalização mais ampla, fortemente taxada e bem regulada.

Mas é urgente começar, agora, a adotar discussões para uma boa regulação, chave para que o país possa aproveitar os bônus da atividade, com emprego e renda. Não se deve, por exemplo, colocar uma máquina de caça-níqueis em cada esquina. Cumpre limitar a abertura de cassinos a poucos locais que tenham vocação para atrair visitantes. E, indiscutivelmente, Florianópolis, Balneário Camboriú e Chapecó são excelentes praças para a exploração desta grandeza turística.

De fato, é mais que claro o potencial de criar empregos e trazer estímulo à indústria do turismo.

Os graves problemas sociais que jogadores vierem a gerar, não medindo consequências de tempo e tamanho das apostas, ou seja, ficar dependente, não pode ser um único argumento para impedir que este serviço de lazer seja instalado. Embora saiba-se que sem controle de idade e acompanhamento permanente dos jogadores, a dependência pode ter grande influência nas famílias, como foi afirmado, regulação pode, sim, garantir o bom funcionamento deste projeto.

No que diz respeito à lavagem de dinheiro, há tecnologia para que as autoridades acompanhem, permanentemente, online, as movimentações dos cassinos. A atividade deve estar cercada de total transparência, com a contabilidade aberta ao público. Ao apostador, e isso é o desejo, deve ficar claro que suas chances de vencer são mínimas. Caberá a ele, alertado, a decisão de transferir ou não renda para cassinos e para o Estado tirando, muitas vezes, de sua família para o que imagina ser enriquecimento fácil.

O mundo é assim. Se o Brasil não fizer, outros farão. E pior, não poderá ser controlado por muito tempo.A liberação dos cassinos se faz, agora, já, necessário.


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