A Câmara Municipal de Chapecó recebeu a visita do diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, atendendo ao requerimento do vereador Derli Maier (MDB).
O Serviço Florestal Brasileiro até 2018 era ligado ao Ministério do Meio ambiente e passou a fazer parte do Ministério da Agricultura a partir de 2019. Seus principais objetivos são a realização de pesquisas, concessões ambientais e o Cadastro Ambiental Rural em todo o Brasil.
Segundo o diretor, o Cadastro Ambiental Rural é um registro público obrigatório para todos os imóveis rurais e tem como finalidade mapear as propriedades. Com isso, é possível monitorar as áreas de preservação, as reservas legais e as vegetações nativas, criando um banco de dados para realizar o controle, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Hoje no Brasil, são mais de seis milhões de imóveis cadastrados.
Atualmente 66% do território brasileiro é formado por florestas nativas, um total de 25 milhões de quilômetros quadrados divididos em seis biomas. Deste número, 7,8% são lavouras e 13.8% são terras indígenas. Dos 850 milhões de hectares, 10 milhões são usados para plantio.
Na região Sul do Brasil, os produtores precisam obrigatoriamente manter em suas propriedades 20% de vegetação nativa. Na opinião de Colatto, as florestas devem ser utilizadas de uma forma mais proveitosa. “As florestas não são contemplativas. Santa Catarina tem um tesouro de mata em pé que pode ser transformada em recursos, para a plantação de erva mate, pinheiro ou árvores frutíferas. Essa área é pouco explorada, precisamos realizar um manejo além da preservação, assim como o mundo inteiro faz”, comenta Colatto.
O projeto proposto pelo Serviço Florestal Brasileiro é implantar uma moeda verde. O produtor poderá vender ou alugar a área de preservação. “Ou seja, quem tem floresta em pé, vai poder receber pelo pagamento dos serviços ambientais”, finaliza Colatto.
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