Maior produtor e exportador de carne suína do Brasil, Santa Catarina comemora mais uma conquista. Nesta segunda-feira, 4, as autoridades sanitárias da China habilitaram mais sete plantas frigoríficas catarinenses a exportar subprodutos de carne suína para o país asiático. O anúncio feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anima o setor, que espera faturar US$ 15 milhões (cerca de R$ 60 milhões) por mês com os novos embarques.
As plantas habilitadas pela China são: Seara, de Itapiranga; Aurora, de Chapecó; Pamplona, de Presidente Getúlio; Aurora, de Joaçaba; Seara, de São Miguel do Oeste; Pamplona, de Rio do Sul; e BRF, de Campos Novos.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa, a ampliação dos embarques de proteína animal para a China já era esperada. O país asiático enfrenta uma grave crise na suinocultura devido aos casos de peste suína africana, que já levaram ao abate sanitário de mais de 6,9 milhões de animais no continente.
"A China vive um momento muito delicado e deverá aumentar as importações de carne ao longo dos próximos meses. Santa Catarina já é um grande fornecedor de proteína animal para os países asiáticos, tem a confiança do mercado e o grande diferencial de ser uma zona livre de febre aftosa sem vacinação. O cuidado extremo com a saúde animal é uma grande vantagem competitiva e estamos colhendo os resultados de todo esse esforço", destaca.
As expectativas do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Estado (Sindicarnes/SC) são de que a habilitação das sete plantas traga um faturamento de US$ 15 milhões por mês para Santa Catarina, com o embarque mensal de sete mil toneladas de subprodutos de carne suína.
Em 2018, as agroindústrias instaladas em Santa Catarina faturaram cerca de US$ 41,5 milhões com a exportação de 41 mil toneladas de miudezas de carne suína.
MAIOR MERCADO PARA SC
China e Hong Kong respondem por 58% de todo o faturamento catarinense com as exportações de carne suína em 2019. A receita gerada com os embarques para esses dois parceiros comerciais entre os meses de janeiro e outubro já passa de US$ 387,6 milhões, 41% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
A tendência é de que as exportações aumentem ainda mais até 2020. "A China deve continuar aumentando suas importações de proteínas de origem animal, em função da drástica redução no rebanho suíno causada pelo surto de peste suína africana. Nesse cenário, o Brasil, e em especial Santa Catarina, possui condições de atender parte dessa demanda adicional, tendo em vista a competitividade dos seus produtos e as boas condições sanitárias da produção animal", explica o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl.
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