Há séculos, quando um imperador romano decidiu cobrar pelo uso dos banheiros públicos em Roma, foi questionado sobre tal tributo. Respondeu, pois, algo do gênero: dinheiro não tem cheiro.
O Brasil ao se reaproximar da China para fins comerciais jogou para o espaço o discurso ideológico que havia guinado dos Brics em direção ao Tio Sam por Jair Bolsonaro e companhia. Fato é que as declarações públicas, até de amor a Trump, não surtiram efeito no plano business entre os Yankes e os Tupiniquins.
A China, comunista sim senhor, por sua vez, acenou aquecer as compras de nossos produtos, frango a exemplo. Ora, dinheiro não tem cheiro, tampouco ideologia, evidente que temos que negociar com quem realmente queira comprar de nós, o resto é discurso para as torcidas e os desavisados em período eleitoral.
E se para fechar negócio os chineses pedirem algo relacionado a Cuba e à Venezuela? Misturando política com comércio? Aí, meu amigo, à essa altura, teríamos a chamada “sinuca de bico”, num lado o papinho mole com os norte-americanos, diria: a paquera, no outro chance de comércio efetivo, o noivado com os chineses, mas com pitadas de posições ideológicas, se vier, que venha sem cheiro... Já a mordaça ao Coaf, para cambiar informações financeiras com o MP, conforme decisão liminar de Toffoli a pedido de Flávio Bolsonaro, incluindo a brecada em mais de 700 investigações similares em curso, acaso confirmada pelo colegiado, cheira(ria) à m... ou marmelada?Rua São João, 72-D, Centro
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