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Ninfo König pilota reunião em Joinville; Jorginho reitera apoio a Rodrigo Coelho; Bauer quase; Dreveck bem; JPK e Hildebrandt; O dilema de Moisés

Por: Marcos Schettini
26/11/2019 00:38 - Atualizado em 26/11/2019 00:40

Quem tem, põe, quem não tem, tira

Depois que o PSL tornou-se esta paçoca esfarelada, começam as movimentações políticas para construir os partidos para o desafio do ano que vem. Como a sigla do governador não tem braço forte, hoje, para encantar como aquela hipnose de 2018, vai valer o olho firme e forte para conduzir quadros a disputarem o pleito na proporcional. As coligações na majoritária será o marco inicial de um projeto novo com os chamados partidos velhos que os pesselistas afirmavam. Agora, sem saber onde correr, tem que comer as querelas que caíram no meio do caminho para sobreviver. O governador Carlos Moisés tem a obrigação de mostrar força porque, se não conseguir, vai demonstrar ser um bailarino no palco. Chegar como ocorreu no processo passado, foi fácil. Agora, sem saber onde bater, vai ter que abrir a mão com o que tem e fazer a conhecer. Ele muito tem para colocar, os demais muito para pegar. É perfeita a relação entre a fome e a vontade de comer. Já que os radicais saíram, fica o bom senso do diálogo. O grupo dos 11 deputados estaduais e o marido de Késia já começam a se entender. Um precisa do outro. Nunca foi tão bacana serem dependentes entre si.


Afinação

Jorginho Mello e Rodrigo Coelho foram os copilotos do encontro realizado ontem em Joinville para discutir qual seria um nome, alto suficiente, para responder aos desafios políticos da maior cidade de SC. O único nome definido, de fato, é de Fernando Krelling. O deputado do MDB é a promessa de continuidade de Udo Döhler.

Real

Fernando Krelling é um jovem quadro de educação e entrosamento que chegou à Assembleia Legislativa pelas mãos do prefeito Udo que, embora esteja enfrentando resistência de boa parte do empresariado, deixou marcas positivas. A questão é que o prefeito dificulta o diálogo com quem questiona suas diretrizes. Mas não por isso é só erros.

Erro

O prefeito, governador ou presidente, em qualquer tempo, precisa dialogar. Não apenas com seus próximos, mas com quem discorda de seus métodos. O governante é um quadro de todos. Pode até não agradar por completo, mas precisa respeitar quem não concorda. Quando isso não ocorre mais, a sociedade se organiza para encontrar um meio de tirar. Seja qual for.

Piloto

Ninfo König foi responsável por conduzir os trabalhos junto às lideranças ontem em Joinville. O empresário é um quadro que não mede esforço para que a cidade onde mora, dê os resultados de desenvolvimento que possam fazer crescer em qualidade econômica e política. Sabe que, se isso está funcionando bem, o restante também levanta voo.

Compromisso

Paulo Bauer só vai mergulhar no pleito do ano que vem na certeza de que vai chegar ao turno decisivo. Acredita que, se assim considerar, leva o pleito impresso na credibilidade que tem junto ao Governo Federal. Hoje o ex-senador é o único quadro com portas abertas dentro do Congresso, sem deixar rastros de dúvidas moral. É um nome apreciado por Jair Bolsonaro.

Amarrado

A cúpula do PSB em Brasília colocou uma camisa de força em Rodrigo Coelho. O deputado federal tem seu nome firme no projeto político de Joinville para o ano que vem, mas a saída do partido coloca um abismo de dúvidas de sua liberdade para disputar. Depende exclusivamente da decisão do TSE para entrar no jogo e buscar a vitória.

Voto

Jorginho Mello já declarou seu apoio pleno a Rodrigo Coelho. Afirmou no Senado que o deputado federal é seu nome para a prefeitura. À toa não é o encontro de ontem à noite. Ninfo König, vereador e empresário, estimula o debate desde o momento em que Udo, seu amigo de infância, bateu a porta em sua cara.

Enredo

O prefeito de Joinville negou um encontro com o vereador dizendo que, se fosse para falar com ele, teria que agendar alguns meses antes. Chateado pelo tratamento, percebeu-se desrespeitado. Ambos, ainda criança, brincavam de bolinha de gude, cresceram juntos em uma amizade rompida por questões políticas.

Credibilidade

Silvio Dreveck, que preside o Progressistas, discorda completamente do raciocínio de que não tem poder de comando do partido. O ex-presidente da Alesc, reafirmado por Aldo Rosa, secretário-geral do partido, diz que a leveza moral e partidária do ex-deputado internamente foi demonstrada quando foi reeleito para continuar no comando.

Estranho

Silvio Dreveck teria tudo para coroar sua grandeza interna se Gelson Merisio tivesse ido para o partido. O ex-deputado do PSD foi para PSDB contrariando a lógica das próprias origens. A força eleitoral de Esperidião Amin, por si, dificultou esta possibilidade. Se o marido de Márcia entrasse no Progressistas, dominava colocando, naturalmente, sombra no clã.

Fora

Quando o raciocínio diz que Silvio Dreveck poderia jogar a chuteira para a linha de fundo, é porque sua credibilidade mostra o respeito dentro e fora. Mas manteve-se em nome da própria história. Se tem algo que coloca um partido em polvorosa, é debandada. O presidente do Progressistas só não sai da sigla porque tem respeito por si. Se levar em conta o que tem vivido, é paciente.

Situação

João Paulo Kleinübing vai disputar a eleição em Blumenau e vai ter uma conversa com Mário Hildebrandt e Napoleão Bernardes. Sem mandato e em Brasília pelas mãos de Esperidião Amin, o vice de Gelson Merisio em 2018 só retorna ao protagonismo voltando e vencendo em sua cidade. O filho de Vilson terá seu pior desafio ao falar isso para o prefeito em dezembro.

Riscando

O giz de Mário Hildebrandt é de equação com o mesmo DNA que está presente em JPK e Napoleão. O prefeito de Blumenau joga na transparência e não quer impor absolutamente nada. Mas sabe que João tem uma missão dura para convencê-lo a sair da disputa em 2020. Ele tem hoje índices convincentes de gestão capaz de intimidar o descendente do ex-governador.

Trabalhando

Raimundo Colombo recebe o título de cidadão honorário em Curitibanos em um momento de recuperação de fôlego depois de sua ida à cova. O ex-governador viveu um momento de trevas suficiente para tirar sua liderança de SC e dar palestras Brasil afora. Agora, mais aliviado com o andamento das coisas, sente-se renovado.

Arrependimento

Os partidos que abraçaram Jair Bolsonaro deixando, por exemplo, Geraldo Alckmin na estrada, começam a repensar. Ao seguir este ideal, atiraram no próprio pé. O PSL, hoje imprestável, chegou ao poder e atirou no peito de cada um dos que hoje eles consideram adversários. O ex-governador tropeçou e eles também.

Rumo

Gean Loureiro deverá bater o martelo de seu caminho partidário nos próximos dias. O Democratas está batendo em seu peito do mesmo modo que o Podemos. Quando Álvaro Dias apareceu em Blumenau, o prefeito de Florianópolis não deu sinal. Mas avança as conversas com JPK e Onyx Lorenzoni.



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