Carta ao governador
Um atento cidadão teria condições plenas de enviar um texto a Carlos Moisés com aquilo que entende estar em seu direito. Abriria a redação chamando-o de amigo. Não naquela frieza que a maioria dos parlamentares, estadual, federal e senador, diz àquele que se aproxima “fala, amigo”. Com o ex-bombeiro, até pela leveza demonstrada, é diferente. Ele, por experiência com o fogo, pode apagar os mais acalorados ânimos. À mão, escrita com a tranquilidade de um catarinense, expressa ao chefe do governo estadual, o chamamento para que se incline-se ao diálogo com o PIB do seu Estado porque é, nesta célula, que recebe grandes maravilhosos tributos. Que acertou ao romper com os agressivos deputados da chamada Terra Plana e que ter 11 nomes do Legislativo ao seu lado, é como não ter ninguém. Precisa bem mais que isso para aprovar o que deseja para SC. Deveria conversar com os ex-moradores da Casa d’Agronômica porque, entre eles, sempre houve entrosamento dentro e fora do Poder. Que as instituições paralelas, TJ, Alesc, TC, MP, OAB, Fecam, Fiesc, Fecomércio, são do bem. Não precisa olhar cada um como um vampiro. Eles, além do trabalho que realizam, também gostam de vinho, peixe, um churrasco e boa cerveja, porque ninguém é de ferro. Até de madrugada, se necessitar, estão à disposição. Que os catarinenses, no ano passado, não olharam para ele como ideia ou ser humano, mas para um número. Ser visto assim, é apenas um composto de matemática no mar gelado do cálculo egoísta. E que, estar com quem quer somar, é dividir o peso. Desejar a ele sucesso no ano que entra. Embora falte mais de um mês. Aquele abraço, forte, diga-se, à moda Gilberto Gil e Legião Urbana. Não como os políticos que o fazem para sair de fininho, cansados daquele lero-lero. E finalizar, nestas poucas linhas destinadas, com a poesia caipira de Rolando Boldrin que, lá na estrofe diz que “cavalo esperto não espanta a boiada”.
Completo
Raimundo Colombo deu às caras anteontem na Alesc e foi almoçar com a bancada para ajustar as diretrizes que lhe são compatíveis neste momento de conversações pré-eleitorais. Lúcido como sempre e de fala mansa, seu modo de ser, hoje, deveria ser copiado.
Grito
Enquanto berra-se à revelia, seja da extrema esquerda ou direita, a voz tranquila de Raimundo Colombo é hoje o ideal para atrair os quadros sufocados pelas linhas duras dos dois lados. Do centro e experimentado, o ex-governador vai chegando aos poucos.
Impostos
Se no governo do lageano a marca foi de empurrar aumento de tributos para o esquecimento, valorizando sempre o produto e o produtor, o atual abre a caixa de terror que deixa empresários despertos. Colombo segurou, só, o contrário de seus 26 colegas.
Desastre
Enquanto Raimundo Colombo amargava a boca e suava as mãos para impedir aumento de impostos, os demais colegas, país afora, aumentavam. Foi na gestão do ex-governador, por empenho pessoal, que o agronegócio deu um pulo significativo na conquista de mercados importantes sem onerar tributos.
Retorno
Colombo volta à cena política que havia sido tirado quando do desastroso processo eleitoral do ano passado. Há grandes diferenças entre os que saíram, daquele que entrou. As entidades empresariais, sempre procuradas, hoje são esquecidas. Se Moisés fosse do diálogo, o episódio agrotóxico e impostos, não seriam protagonistas em 2019.
Diferenças
Independente do falso pugilismo dentro da Câmara de Florianópolis, o mundo avança. Estes episódios unilaterais mostram que o eleitor vai se lembrar, em frente à urna, o que deverá fazer. Aquela Casa está fora do contexto social por anos. Aquele desastre da Moeda Verde que o diga. O Legislativo há tempos não tem um trabalho relevante a ser levado a sério.
Caderneta
O eleitor tem anotado tudo. Olha para a Câmara de Vereadores de Florianópolis com a mesma fome de 2018. Foi naquela eleição, indignados por tudo, que depositou todo seu veneno acumulado. Cegamente, decidiram tirar de cena o diálogo para colocar a truculência. Se eles estão hoje na Alesc, estarão no Legislativo municipal.
Rompimento
O vereador Pedrão não sabe qual onda quer surfar até outubro do ano que vem. Ele ainda está passando parafina. Ora sai, ora não, foi no Progressistas que ganhou altura eleitoral na relação com a família Amin que ele virou as costas em 2018 ao trabalhar para Silvio Dreveck e Leodegar Tiscoski. Ambos ficaram suplentes.
Rambo
Pedrão foi contra tudo. Virou a mesa da família Amin, jogou contra a presidência do partido na Capital, apoiou Dreveck e Tiscoski, ameaça no sai não sai do Progressistas, briga na Câmara, quer um Vietnã para chamar de seu. O vereador passou o bisturi no cordão umbilical e vai para o jogo.
Ele
A disputa pela presidência do Progressistas em Chapecó conta com a juventude de Jonas Bringhenti que, agora, sai do cenário de militante coadjuvante, para linha de frente. Altair Silva está quieto para não tumultuar entre os quadros, mas vai ter que tomar posição. Se o deputado estadual não quer entrar em dividida, está nele a unidade.
Atuação
Dentro do PSC de SC as movimentações estão voltadas para outubro com apostas firmes na produção de representatividade. Narcizo Parisotto é o alfaiate das atividades mesmo sem o mandato de deputado estadual que transferiu para Jair Miotto. O religioso dá a linha interna com sintonia sem rachas.
Sintonia
O presidente do PSC joga forte na eleição de Everton Ribeiro para a Câmara de Florianópolis. Ele é chefe de gabinete do deputado Jair Miotto, que subscreve. Atuação em coletivo com José Paulo e Luciano Chaplin na Capital. Em São José, Paulo César, abnegado agente comunitário e candidatíssimo a vereador. Chapecó indefinido.
Cadê
Marlene Fengler está cobrando do governador a responsabilidade pela manutenção da SC-283, uma perigosa rodovia sinuosa que liga Concórdia a Itapiranga. Abandonada, mato tapando placas, buracos e sem acostamento, é parceira das funerárias do Oeste. Como muitos, o Programa Recuperar, ali, também morreu.
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