*Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
À medida que o homem avance na conquista do saber, os conceitos são suscetíveis de evoluir. Negar isso seria negar a própria evolução, que é sinal de superação e aperfeiçoamento; seria pretender a permanência do homem na ignorância de suas grandes prerrogativas humanas e espirituais.
A Logosofia, ao anunciar que chegou a hora da evolução consciente, modifica radicalmente os conceitos que nesta ordem de ideias foram adotados como satisfatórios às exigências intelectuais e às necessidades espirituais de cada época. A desorientação atual é sinal inconfundível de que tais conceitos já não conseguem satisfazer a essas exigências, e o espírito humano hoje clama, imperativamente, por uma solução para o intrincado e sombrio problema que paira sobre a vida de cada indivíduo.
O homem tem experimentado durante séculos a necessidade de vincular-se metafisicamente a Deus.
Na falta de conhecimentos que lhe permitissem realizar essa esperança, permitiu a falácia e o absurdo de crenças e promessas que, ao contrário, adormeceram sua alma. O avanço do tempo o foi despertando desse sonho pernicioso, e ele, erguido de novo, inquieto e ansioso, reclama com insistência cada vez mais firme o conhecimento orientador de sua existência.
Os novos conceitos, os conceitos logosóficos consubstanciam verdades inatacáveis e estão sustentados por uma excepcional força lógica, que impele o homem a comprovar por si mesmo sua transcendental realidade. Mas este deverá abrir os olhos; não fechá-los, como os fanáticos, que não querem ver nem ouvir. Deverá abrir os olhos ao eflúvio benéfico e construtivo dos novos conhecimentos, destinados a iluminar a vida e libertá-la da opressiva escravidão em que foi submergida pelo bloqueio dos velhos conceitos.
Todo conceito que o homem não modifica com sua evolução se torna um pré-juízo, e os pré-juízos acorrentam as almas à rocha da inércia mental e espiritual.
(Extraído do Livro Logosofia, Ciência e Método, pág. 25)
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