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Editorial | Erros e acertos do Governo Federal

Por: LÊ NOTÍCIAS
10/12/2019 00:46

Para especialistas em previdência, o governo acertou ao aprovar, em tempo recorde, a nova forma de aposentadoria. Diferenciando daquela dos militares, há uma grande montanha que separa uma da outra. Se a economia está dando, aos poucos, sinalizações de melhoras para o ano que entra, não se vê este mesmo entusiasmo da dona de casa que, neste momento apenas, não amanhã, se assusta com os preços dos alimentos.

Se o Governo Federal não pegou a máquina como ele gostaria, é uma prática estadual e municipal assumir o que recebe. Em frente da realidade vivida, é possível dizer que deve ser dado o tempo para que todas as iniciativas possam se converter em qualidade de vida, melhoria das condições existenciais, mas o estômago não espera.

As reformas são importantíssimas para dar ao Brasil o que ele busca como patamar de satisfação econômica, mas as pessoas precisam comer agora, neste momento, porque ela, a fome, é agora e não amanhã.

O combate à corrupção tem se manifestado. Segundo o Datafolha, o ministro da Justiça tem singular dianteira sobre o presidente da República, que está na abaixo do nível que Moro sustenta na sociedade. Isso é um ponto positivo, mas, mais do que isso, o tamanho sobre os partidos deve ser total e não apenas ao PT.

Uma demonstração clara de domínio do ministro Moro é que a juíza que deu sentença ao petista Lula da Silva, foi em base do texto do ex-juiz que, copiado até nas vírgulas e espaços a mais dentro da redação, enviou ao TRF-4 100% igual, ipsis litteris.

O ex-magistrado federal tem a marca de ser contra corrupção através de suas movimentações e que, sabe-se, está mobilizando manifestações país afora. Isso, pelo fato de combater a marca de negociatas e esquemas que marca o país, e que continua, foram os números positivos alcançados na pesquisa neste final de semana.

Além disso, tem altivez da ministra da Agricultura que ganhou o setor agroindustrial por sua coerência e inclinação ao diálogo, coisa que o seu colega do Meio Ambiente repudia. O cenário neste setor virou piada internacional com, inclusive, o presidente da República acusando um ator americano.

O governo tem outros grandes predicados que a sociedade está aplaudindo para dar força às empresas e, imediatamente, desburocratizando, oferecendo melhor agilidade e aumento de postos de trabalho. Não dá para arrumar tudo imediatamente, mas lances foram vistos como benéficos no chamado vício Brasil de desrespeito.

Mas tem os escorregões de postos fundamentais como na Ancine, Funarte e Fundação Palmares, que é uma clara declaração de guerra contra artistas e cientistas. O trio a frente destes órgãos de valor intelectual e cultural, estão ligados ao guru da família Bolsonaro, o que eles chamam de filósofo Olavo de Carvalho, o mesmo que defende a tese de que a Terra é plana.

Coisas assim, sem qualquer critério de ocupação estratégicas, mostram um lado obscuro e sem noção do Governo Federal. Ele combate ideologias que condena com condenáveis ideologias a que defende. Isso quer dizer que o país, embora a busca pela certeza, também tem sua escuridão a enfrentar.

Um ano de Governo Bolsonaro, o que se vê são bolsonaristas de cérebro curto, quase à beira do ridículo, que querem tirar dividendos da responsabilidade que precisam demonstrar, com tolices gravíssimas que podem, no momento oportuno, dar uma rasteira em si mesmo.

Não é possível falar muito do futuro. Mas é importante que o diálogo seja mostrado na sociedade. Não é possível que o lema “Eles e Nós” se mantenha. O país está dividido. Há grande possibilidade de se ter um levante como os que estão ocorrendo em outros países da América Latina.

Se isso acontecer, é possível que o cenário antes das eleições mude o mapa do poder. Isso vai prejudicar, muito mesmo, o andamento da economia.

Mais que prejudicar o sistema financeiro para dar recuperação ao crescimento, são os enfrentamentos que o próprio governo admite. Que é instalar a segurança nacional com o chamamento do AI-5. Isso, por si, não será tolerado pelos setores que se carimbam democráticos. Aí, neste momento, vão surtir o que se prevê desde as manifestações de 2013, que culminaram no impeachment que, por si, jogou o Brasil em outro extremismo.

Não vai sobrar ninguém que ficará quieto. A sociedade vai explodir.

Economia é a soma de política com satisfação para todos. Se só um lado ganha, o outro mostra a baioneta.

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