Estudar as mudanças e as transformações dos novos tempos, a melhoria contínua dos processos e aperfeiçoar produtos e serviços para atender a demanda das cooperativas. Essa é a fórmula para manter e ampliar as conquistas do cooperativismo afirma o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC) Luiz Vicente Suzin ao analisar as expectativas para esta nova década.
De acordo com o dirigente, o cooperativismo caminha pela senda que trilha há muitos anos de trabalho e de busca permanente de atualização conceitual e tecnológica. “Precisamos ser eficientes em todas as áreas para permanecermos competitivos no embate com as empresas mercantis nos segmentos da agricultura, da indústria, do comércio e da prestação de serviços”, avalia Suzin.
Exemplo desse posicionamento é a preparação para o futuro, principalmente pelo crescente uso das novas tecnologias, com a tendência pela automação e pela robotização. “Essas novidades estão chegando cada vez com mais velocidade. Uma das nossas preocupações é capacitar os cooperados para esses novos tempos. Nesse aspecto, as Cooperativas e o Sescoop/SC fazem permanentes investimentos em treinamento, qualificação e requalificação”, complementa.
O resultado das constantes qualificações promovidas pelo Sescoop/SC é a ampliação da participação feminina e de jovens no sistema cooperativista. Para Suzin, eles trazem coesão e motivação, além de elevarem a qualidade das ações direcionadas a organização do quadro social. “A participação da mulher no quadro social das cooperativas de Santa Catarina cresceu nos últimos anos. Atualmente, 38% dos associados às cooperativas (936.597 cooperadas) são mulheres e 16% dos associados (391.384 jovens) tem idade de até 25 anos. Então, o engajamento deles é uma realidade no nosso cooperativismo” enfatiza.
Para Suzin o sistema cooperativista pode evoluir ainda mais, contudo, para que isso se concretize é necessário que o Governo vislumbre o cooperativismo como um setor de alto interesse social e comprovada eficiência econômica, que trabalha para o bem-estar da sociedade, criando empregos e gerando riquezas. “Mais do que políticas públicas, o Governo deve abandonar a ideia de aumentar a carga tributária ou retirar programas de incentivos a setores essenciais, como a agricultura”, enaltece.
O dirigente antecipa ainda que as parcerias com o poder público devem aumentar nos próximos anos. “No campo da pesquisa agropecuária o setor tem que ser mais ouvido. Uma das possibilidades é o estabelecimento de convênios no que concerne à transferência de tecnologias”, explica ao reforçar que a Ocesc está aberta para uma relação produtiva com outras entidades, como Fiesc, Fampesc, Facisc, Fecam, Faesc e Fetaesc, na busca de objetivos comuns.
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