Levantamento realizado pela Federação do Comércio mostra que os empresários e consumidores catarinenses estão otimistas para este novo ano. Foram ouvidos 2.097 consumidores e de 408 empresários, em Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Lages e Joinville. Entre outros indicadores, a pesquisa apresenta a percepção dos dois públicos em relação vendas, investimentos, metas e emprego.
Dentro do objetivo de melhor entender como será o ano para o setor de comércio e serviços, a pesquisa indica que para 68,3% dos entrevistados será melhor do que 2019, enquanto para 12,9% será um ano pior. Em Chapecó, onde o levantamento teve o apoio do Sindicato do Comércio, por meio do Sicom Pesquisas, a expectativa é de melhora para 67,3% dos entrevistados, estável para 17,2% e de piora para 13,8%.
No que diz respeito às metas para 2020, em Chapecó a principal é economizar (23,6%), seguindo-se comprar imóvel (11,1%), estudar (10,8%) e comprar automóvel ou moto (10,4%). Quanto ao emprego, 56% disseram estar seguros e 14% inseguros, que foi o maior índice entre as cidades.
VISÃO EMPRESARIAL
No Estado, percentual expressivo de empresários (54,2%) afirmou que tem ótimas perspectiva de vendas. Em Chapecó, o índice foi de 45,1%, enquanto 41,2% consideram que o movimento de vendas será bom e 9,8% regular.
No que diz respeito às possibilidades de investimentos para 2020, 64% dos empresários do comércio em Santa Catarina não pretendem realizar investimentos neste ano. Já em Chapecó esse percentual sobe para 74%, enquanto 14% pretendem fazer ampliações. Em relação à diversificação dos negócios, enquanto no Estado o índice de empresários que responderam negativamente foi de 64,7%, em Chapecó o percentual chegou a 80,4.
Sobre a contratação de funcionários, a maioria dos empresários afirmou que não pretende ampliar o quadro. Foram 65% no Estado e 64,7% em Chapecó.
ESPERANÇA DE RETOMADA
Para o presidente do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó, Ricardo Urbancic, espera-se para este ano a efetiva retomada do crescimento econômico, na faixa de 2% a 3%. Especialmente quanto ao setor do comércio, o dirigente do Sicom prevê que “seu desempenho deverá, no mínimo, acompanhar a expectativa que se tem para o crescimento da economia, pela melhoria do cenário em geral, pela redução da taxa de juros e pela maior oferta de crédito, inclusive dentro da expectativa de concretização de vendas represadas”.
Em relação ao governo, Urbancic afirma ser preciso que continue a agir com vistas a um ambiente competitivo e de melhorias para o setor produtivo e os consumidores. “Deve o governo, igualmente, controlar melhor as suas contas e adotar medidas que facilitem o aquecimento do mercado, como fez com a liberação do FGTS e a diminuição do compulsório em 2019, para que mais dinheiro circule, e além disso que seja menos intervencionista na iniciativa privada”, argumenta o empresário.
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