Um erro não justifica outro
Se foi Gean Loureiro quem garantiu tomadas de posições alheias às iniciativas do governador, também é verdade que agora repassou para ele todo o controle de agora em diante. Carlos Moisés pode ser um bom homem, mas é individualista. Poderia ter ampliado sua força quando, nesta crise, mostrasse seu desapego ao poder. O vídeo onde dizia que Gelson Merisio mentia ao dizer que era o nome de Bolsonaro em SC naquele segundo turno, mostra hoje que, quem estava mentindo não era o candidato do PSD. Até mesmo as deputadas Caroline De Toni e Ana Campagnolo, Felipe Estêvão, Jessé Lopes, Sargento Lima e Daniel Freitas chamam-no de mentiroso e isso ganha eco no círculo de oposição. A crise do coronavírus pode, não agora, contaminar seu governo e matar. Ele, hoje, está pendurado na habilidade de Douglas Borba. Tem sorte.
TEMPO
A chamada janela que dá direito para quem quiser trocar de partido para disputar a eleição, termina no sábado. As idas em busca dos partidos para encontrar espaço, começou forte. Tudo feito pela via eletrônica. Como ninguém pode se encontrar, o e-mail para troca de documentos, é total.
REGISTRO
Ao enviar por e-mail, os documentos com
horário afirmam
a veracidade do encaminhamento. Os candidatos olham a eleição de
2020 com receio, mas não deixam de cumprir as determinações do TSE
para não ser questionado adiante. Saindo ou não o pleito, estão em
dia.
CORRIDA
Cláudio
Vignatti passou todo o final de semana até ontem, para agilizar os
documentos de novos
filiados. Como assumiu o partido para dar um pulo forte na construção
da sigla, fixou a atuação, em casa, para apresentar um número
convincente de novo PSB.
FORA
Rodrigo
Coelho tem até sábado para garantir sua liberdade para trocar de
partido. Já dá
como certo que seu nome está fora do futuro pleito. Não é bem
assim. O parlamentar é articulado e, se Carlos Siqueira quiser, abre
sua liberdade política. A decisão judicial que ficou para a semana
passada, não aconteceu.
LIVRE
Fernando
Krelling fica forte para seguir em busca da continuidade do projeto
Udo Döhler de governo. O deputado estadual sabe que a missão, mesmo
com Coelho fora do jogo, não é fácil. Não é seu nome em
particular, mas a vinculação com o atual prefeito que tem grande
rejeição em Joinville.
ELE
Adriano
da Catarinense, filiado ao Novo, foi mesmo mordido pela mosca azul.
Com a possibilidade de Rodrigo Coelho ficar fora da eleição, ele
ganha motor para assumir o papel de oposição ao lado do não menos
Ivandro de Souza, que se filiou ao Podemos. Não está descartada,
inclusive, uma chapa com os dois conjugando.
TRANQUILO
Rodrigo Coelho está seguindo a cartilha de proteção à vida
com todos os outros. Se ficar em casa é a regra, não limita sua
atuação para trabalhar. Como sábado é o fim do prazo, até pela
lógica das dificuldades para mobilização, nada como mudar o tempo
deste calendário.
RACIOCÍNIO
Jorge
Bornhausen tem defendido que o TSE amplie o prazo para a troca de
partidos porque, no exemplo de coronavírus, todos estão encontrando
dificuldades para conversar com as lideranças que pretendem trocar
de sigla, impondo
dificuldades de diálogo.
SINUCA
Carlos Moisés está vivendo sua pior parte existencial na vida
pública. Salvo por medidas conjuntas dos demais governadores, cuja
responsabilidade é
garantir a proteção da vida, tem apanhado no pelourinho do
bolsonarismo.
ATAQUE
Por
tomar medidas que contrariam a economia, não conversar no passado
com as entidades, ficar isolado em seu mundo de aconchego da Casa
d’Agronômica, hoje paga um preço muito caro.
Esta sendo
metralhado por deputados, senador e entidades classistas. Não se
preparou para pulso de decisões.
LEITURA
Foi nos ofícios que enviava para Julio
Garcia e Rodrigo Collaço, que hoje paga caro. A Alesc e TJ poderiam,
bem antes da agonia de agora, ter afinidade para falarem juntos. Como
ignorou todos eles, inclusive prefeitos e vereadores, está
completamente cercado.
REAL
O
coronavírus acontece nas ruas, vilas e bairros do município. É lá
que o prefeito e vereadores se encontram com todos ao
mesmo tempo.
Poderiam ser porta-vozes em potencial neste momento de incertezas.
Carlos Moisés nunca falou com a Uvesc. E falou tarde com Fecam.
TAMBÉM
Em todas as coletivas que os governadores têm
dado diariamente para presentarem quadro de combate ao vírus do mal,
o prefeito da Capital, os secretários da Saúde estão juntos e
falam a mesma linguagem. Gean Loureiro, por exemplo, não participou
de nenhuma.
DIFICULDADE
A vice-governadora só aparece para tirar
fotos. É queimada com o grupo pró-Bolsonaro e do círculo de
confiança do governador. Sem ter liderança, não fala absolutamente
nada que possa levar a sério em sua existência política. Neste
momento, que poderia se fazer mais útil, não sabe o que
fazer.
POLITICAGEM
Moisés saiu comprando todo tipo de liderança política em SC
para justificar o controle do PSL. Foi em vários municípios
prometer dinheiro que não vai cumprir nenhum. E já sabe que não
vai ter recursos para pagar salários. Se isso é uma verdade, é
melhor que fique confinado até 2022 na Casa d’Agronômica.
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