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Vieses e consensos | Mandetta ofusca bolsonarismo e o obscurantismo: por falar com propriedade e agir com coragem, o que faltou a Moro

Por: Ralf Zimmer Junior
06/04/2020 15:43

No começo era o “mito”, Moro (o “algoz” da esquerda) e Guedes (o “querido" do Mercado), e outros nomes “técnicos”.

Bolsonaro tem se superado em falar bobagem, que chegou o ponto de cansar boa parte de seus seguidores, que de há muito se esfalfam como oráculos fossem em busca explicar “olha não foi bem isso que ele disse que ele quis dizer, o que ele quis dizer foi que...”.

Enfim, esgotou o arsenal de defesa de tanta grosseria e falta de tato à altura mínima do cargo. Era muito bom como “pedra”, não conseguiu até então fazer a transição para “vidraça”.

Moro foi se apagando, notadamente quando começou a se posicionar contra a decisão de Toffoli (que ajudava Flávio Bolsonaro) que mudou num canetaço o entendimento do STF sobre trocas de informações da Receita Federal com o Ministério Público.

Essa semana, para “ajudar”, Moro foi flagrado divulgando fake news sobre réu que pretensamente cumpriria prisão domiciliar com um fuzil em mãos. Caiu no conceito de muitos magistrados que acreditam que enfraqueceu o combate à corrupção, o juiz principal da Lava Jato pular para cargo no lado de quem subiu na balança cuja a suas decisões inegavelmente influenciaram. Em suma, foi se encolhendo no Governo Bolsonaro, há quem diga para não arriscar perder a “prometida” nomeação ao STF. Veremos em breve se procede.

Guedes, a cada reforma ou medida, anunciara que seria um estouro de sucesso na subida da economia. Nenhuma o foi! Embora, tenham lá seu valor evidente, mas longe de terem causado os efeitos propagados que causariam. Fato que a reforma administrativa e tributária ainda pode(riam) salvá-lo, mas nesse ambiente do corona, só Deus sabe “se” e “quando”.

Mandetta, um ilustre desconhecido até estourar a epidemia mundial do corona, longe do perfil caricato daqueles que ocupa(ra)m pastas da Educação e Cultura, fez o que se esperava de Moro, peitou o sistema com propriedade, com ciência e sapiência.

O que faltou a Moro sobrou a Mandetta: coragem de se impor!

No meio, pois, de uma crise sem precedentes, no seio de um governo que não decolava, embora se esforçasse, surgiu uma luz, um líder ponderado e que trabalha com dados, com a razão e não admite (certo ele). Ser contrariado por achismos ou bílis nem mesmo do seu chefe, o Presidente da República.

Já é bom ir se acostumando… 2022 Mandetta, querendo, vai tirar a faixa presidencial de Jair, o sono já tirou, nunca se viu um presidente ir a público falar que um ministro, que lhe contrariou publicamente também, “não tem humildade”, e não demiti-lo em seguida.

Em outras palavras, acabou a tinta da caneta do obscurantismo, se exonerar Mandetta, é impichado, se mantê-lo, perde a próxima eleição para ele.

Aguarde e confira!


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