Chapecó centenária e os valores da Chapecoense

Marcos Antonio Barbieri

Presidente do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom)

Chapecó passou a viver momentos emblemáticos com a tragédia que envolveu o voo da Chapecoense na Colômbia, em 29 de novembro passado, pela comoção geral que foi gerada com a morte de 71 pessoas. Valores que não avaliávamos profundamente pelo que o clube representava passaram a se sobressair. Ao mesmo tempo, Chapecó passa agora a viver a fase histórica de seu centenário, para assinalar a emancipação ocorrida em 25 de agosto de 1917.

Temos, então, uma época muito especial para os chapecoenses de todas as idades e de todas as atividades. Neste ano do centenário, esperamos muito no município. Que tudo o que tem-se falado e prometido ao longo dos anos, em termos de infraestrutura, de gestão e de melhoria de serviços, realmente comece a acontecer. Gerou-se uma grande expectativa eleitoral em todos os níveis, e agora precisamos torná-la real.

Chapecó vive um bom momento, se considerarmos a crise país afora. Em 2016 tivemos em Chapecó índice de emprego positivo, contas públicas relativamente equilibradas e, em especial, um clube de futebol que, na contramão de tudo o que se ouve de notícias ruins, de corrupção, de falcatruas e de arranjos políticos, destaca-se pela competência, eficiência e modelo de gestão, provando que, mesmo sendo pequeno, se pode sonhar e realizar. Basta determinação e trabalho sério.

Nesse interim, quis o destino que, tragicamente em 29 de novembro de 2016, houvesse uma ruptura, mas o legado deixado é inigualável. É um legado de harmonia, de competência e de caráter, num clube então capitaneado pelo presidente Sandro Palaoro, juntamente com seus comandados, e agora seguindo no mesmo caminho por parte da nova diretoria da Chapecoense. Assim, fica o sentimento de perda, mas também de missão cumprida. Basta seguirmos a receita que o sucesso é garantido, já que sonhar não tem limite.