A triunfante vitória na onda de um número (propulsada pelo “17 de cabo a rabo com Bolsonaro"), alçou à Casa da Agronômica um homem de fala ponderada, de boa formação (oficial dos Bombeiros aposentado, advogado, professor de Direito Constitucional), cujas atitudes, contudo, de seu governo, não condizem com seu perfil aparentemente tranquilo e técnico.
São altos e baixos que podem ser atribuídos à equipe que escolheu, às escolhas políticas que fez e àquelas que não fez.
Se de um lado buscou enxugar o Estado acabando com as moribundas sorvedouras de dinheiro público, chamadas outrora do eufemismo “Secretarias de Desenvolvimento Regionais” (verdadeiros cabides para acomodar políticos sem mandato), o que é digno de aplauso, é acusado de ter colocado amigos de farda, sem o mínimo perfil técnico, a esmo nos mais altos cargos do Estado, o que, segundo alguns, vem causando embaraço ao desenvolvimento que se esperavam de tais pastas.
Se de um lado veta um aumento à Procuradores do Estado sob alegação de “não haver dinheiro”, por outro permite engendrar (omitindo-se dolosamente há quem diga...) aumento ilegal de forma administrativa aos mesmos procuradores a quem tinha vetado fosse por Lei.
Se de um lado larga na frente no País para as medidas de proteção ao cidadão na questão do coronavírus, com a quarentena, de outro, nesse intermeio celebra contrato, com dispensa de licitação, de R$ 2,5 milhões com agência de publicidade, enquanto não anuncia sequer a construção de um único Hospital de Campanha para os meses que nos aguardam. Sem dizer na contratação de empresa para iluminação milionária, fora de hora e de propósito, da Ponte Hercílio Luz.
“Virou a casaca”, mandando Bolsonaro às favas ano passado, ridicularizando quem “faz arminha” (logo quem o elegeu), alinhando-se com Bivar (há quem diga pelo fundo partidário) sobrando-lhe (porque MDB não quis, parece que PP também não) ter como líder de seu governo (eleito para ser de direita) a deputada da esquerda brizolista de Ciro Gomes, Paulinha, do PDT.
Enfim, um governo que quando pouco acerta, parece fazer questão de errar profundamente na sequência.
Uma ou outra (aparentemente) de Pelé, mas tantas outras de mané… Que se me contassem eu não acreditava… Só vendo… Não à toa, sofre já ação popular impetrada pelo deputado João Amim e mandado de segurança, para dar continuidade ao processo de impeachment, impetrado pelo deputado Ivan Naatz, isso que apenas começou o segundo ano de governo.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro