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CL30 - Mudança de cultura no trânsito

Por: Simão Baran Jr.
17/03/2017 09:51 - Atualizado em 17/03/2017 09:52

Insisto no assunto pela sua importância. Temos um dos trânsitos mais letais do planeta. Portanto, é urgente que sejam tomadas as medidas cabíveis para imediata redução desse índice.

Segundo dados retirados do Portal DeepAsk.com, de 1999 até 2013, 70 pessoas perderam a vida nas ruas e estradas que cortam o Município de Xaxim. No mesmo período, outras 7 pessoas perderam suas vidas nos Municípíos de Lajeado Grande, Marema e Entre Rios. Um média de 5,5 pessoas por ano.

A taxa média é de 18,33 mortos por cem mil habitantes, um pouco abaixo da média nacional, que é 22,5 (fonte: Mapa da Violência, 2013), o que nos permite comparar com outras regiões.

Nações civilizadas costumam ter índices entre 7 e 3. A Suécia, país que tem avançado mais nessa questão, já atingiu um índice de 3,0 mortes a cada 100 mil habitantes, o que significa que lá há aproximadamente seis vezes menos mortes.

Se tivéssemos o mesmo índice da Suécia, teríamos tido 12 mortes, ao invés de 77. São 65 pessoas que deixariam de morrer. 65 famílias que não seriam destruídas.

Países que reduziram as mortes no trânsito não chegaram lá por acaso. A mudança passa, primeiramente, pela percepção de que é necessário mudar a cultura no trânsito urgentemente.

Por isso, dada a gravidade do problema, é difícil concordar com a propalada "indústria da multa". Criou-se toda uma mitologia ao redor das multas de trânsito, no sentido de que o Estado, ente malvado e perverso, estaria prejudicando a vida do cidadão de bem, ao fazer fiscalização no trânsito, gerando multas.

Ora, temos um Estado pesado e burocrático, que certamente mais atrapalha do que ajuda em algumas áreas. Mas diante das mortes e perdas econômicas causadas pelos acidentes e, especialmente diante do número de infrações cometidas cotidiamente, pode-se dizer, na verdade, que até está multando pouco.

Não há escapatória. É preciso respeitar o limite de velocidade. Não dá para beber e depois sair dirigindo. Ultrapassagens de veículos apenas em áreas permitidas. Não dá para usar o celular enquanto dirige. É preciso dar preferência para o pedestre na faixa.

Então não acredite nesse história da "indústria da multa". Seguindo a lei, não haverá problemas.

O custo de toda essa carnificina no trânsito tem sido alta. Além da perda de entes queridos, o custo estimado anual da imprudência no trânsito foi calculado em cerca de R$ 40 bilhões de reais. Hora de repensar alguns comportamentos.


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