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Vieses e consensos | Cloroquina: delírio ou esperança?

Por: Ralf Zimmer Junior
09/04/2020 09:27

Os números do corona tem impressionado. Não bastasse as milhares de mortes diárias nas grandes metrópoles mundiais, sobretudo Milão, Madrid e Nova York, a busca por medicação eficaz tem impulsionado cientistas, pesquisadoras e a indústria da farmácia evidente.

Nesse contexto, no Brasil, tem se dito que uma substância utilizada para tratamento já de outras doenças, a cloroquina, pode ser uma via para a cura.

O problema reside no fato em que não há comprovação científica, sobretudo porque nem mesmo o fabricante consegue comprovar o grau de eficácia do medicamento.

Ora, se em média tem sido de 5 por cento, é dizer que a medicina convencional, sem o cloroquina, tem curado 95 por cento dos casos, logo, num universo de mil infectados, apenas se 976 forem efetivamente e comprovadamente curados pela cloroquina será possível dizer estarmos fora da margem de erro comum ao efeito placebo.

A observação é fundada na matemática básica, longe de expectativas, desejos ou receios.

É uma esperança, sem dúvida!

Por conta de tal esperança da para dizer que estamos a descobrir a cura, que as atividades devem voltar ao normal e um frasco de cloroquina no bolso irá resolver o problema? Negativo! Não passa de um delírio dizer que a cloroquina efetivamente é eficaz contra o corona, somente após compilar dados, o que exige tempo e cumprimento de protocolos científicos rígidos (assim que tem que ser para se ter transparência e credibilidade) é que poderemos, se tudo der certo, festejar.

Neste interregno, melhor ficar em casa o máximo possível, lavar as mãos e rezar!


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