Não existe perseguição política. Mas divisão de grupos. Quem venceu a eleição tende, por estas circunstâncias, mostrar força. Sempre foi assim e sempre será porque, da natureza da política dos vencedores, distanciar daqueles que perderam e, se possível, tirar todos eles do eixo central de comando.
Por que isso? Por que é, como foi dito, da natureza da política que, sabendo o que precisa ser feito, retira dos perdedores o conhecimento das ações a serem tomadas.
Na verdade Xaxim sempre foi assim. Quem perdeu, passa a ter as dificuldades de convivência com o grupo vencedor. Eleição divide tudo. Desde pessoas até famílias inteiras. Por que o Poder tem a força de destruir relações e criar outras.
O processo político que dividiu amigos por uma aventura mostra que as circunstâncias fazem o momento e, depois de ocorrido, não há mais como consertar. No caso do PP, que ficou em último lugar, o acerto agora é construir uma nova relação de trabalho conjunto para, além de retomar os rumos antes demonstrados e que nesta se destruiu, é possível unir os esforços para um conjunto de ações.
É possível voltar a ter os amigos antigos juntos, mas vai ser preciso dar o tempo necessário que vai corroendo arestas e juntando quem, de verdade, nunca deveria ter se distanciado. Com o PMDB é entendível, com o PP justifica uma aproximação.
Se isso é perseguição, manter os adversários longe, dando o gelo que lhes impôs a derrota, não há nada de errado nisso. Faz parte do jogo. Quem perdeu ficar calado e, quem ganhou, mostrar sua força. Foi assim ontem, será assim amanhã.
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