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Vieses e consensos| Síndrome de vira-lata, embusteiros e solidários: a miscelânea esquizofrênica que compõe o ideário nacional

Por: Ralf Zimmer Junior
16/04/2020 23:33

Saudoso Nelson Rodrigues de há muito decantava a síndrome de vira-lata que insiste em se apoderar do brasileiro, numa espécie de autoestima destrutiva e alimentada indevidamente por impulsos de complexos de inferioridade.

Os embusteiros dela se aproveitam, prometem, ganham em cima do que prometeram, e quando lhes é conveniente desprometem novamente, e lucram de novo em cima do brasileiro com a síndrome de vira-lata impregnada em sua alma esquizofrênica que só encontra alívio na solidariedade que ainda resta ao nosso povo.

Fácil de perceber isso, quando se vislumbre que o discurso ao estilo coqueluche que elegeu um Congresso Nacional na tocada de novo pacto federativo “mais município, menos Brasília”, endossado certa feita pelo ministro Guedes, com aval da sociedade que há bem pouco, e com razão, clamava para que os municípios (onde as pessoas vivem) concentrem mais recursos que a distante União.

Santa Catarina mesmo é historicamente espoliada pela União que mais daqui prova, do que para cá traz.

Enfim, o que era certo há bem pouco, agora com o berrante mitológico tocando não o é mais.

Como num passe de mágica, com a crise do coronavírus, vê-se discurso do tipo “os prefeitos e governadores querem se aproveitar da União para enfraquecer o presidente”, como se o dinheiro que vier aos municípios fosse para ajudar marcianos e não os incautos que propagam esses delírios.

Evidente, que desvios pontuais devem ser coibidos com os rigores da lei, mas daí a querer creditar a conta da crise com mais peso aos entes mais fracos da federação é querer promover o suicídio financeiro galopante.

Os embusteiros, aproveitam, e atacam mais uma vez: “reduzir salários para ajudar”…

Ora meus queridos, reduzir salários é reduzir consumo, é acelerar a quebradeira de todos.

Mundo afora as Nações tem sim comprado a dívida justamente para a ajuda chegar nas pessoas, é as contas serem divididas ao longo do tempo por todos.

Mas aqui é diferente, a onda é querer preservar a mitológica Capital Nacional por amor ao fetiche do “grande líder”, que não erra nunca, como a criança com problemas freudianos que acredita que o papai é um super-herói.

Vamos às raias da loucura por clamar por ajuda, mas não querer recebê-la para poupar mitos, de barro, como de praxe.

O que nos são, ainda, é um pouco de solidariedade com os próximos, de resto doses de cavalares de remédios psiquiátricos nesse momento quem sabe adorariam mais as coisas, juntos, claro, com a nova miraculosa cloroquina.

E assim, nascemos e vivemos brasileiros, dia sim, dia não, vivendo da caridade de quem nos detesta… E as piscinas continuam cheia de ratos, com o futuro repetindo o passado… No ciclo delirante a toca da síndrome de vira-lata, de embusteiros e com pitadas de solidariedade.


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