Miséria em todos os cantos
O coronavírus revelando o mapa da vergonha em SC. O estado tem 566 mil pessoas que vivem com menos de R$ 420, isto quer dizer que 8,5% dos catarinenses têm renda mensal abaixo da linha de pobreza e, pior, 1,5% apenas com R$ 145, em extrema pobreza. Fabiano da Luz, o parlamentar que recebeu este levantamento macabro, diz muito da violência que marca o estado e a concentração de renda que impõe o desafio de dar a esta gente toda, a possibilidade de comprar o gás de cozinha a R$ 65 e garantir a subsistência com uma cesta básica ao custo de R$ 480 que, em tese, não garante a virada do mês. Se este tema, mais que humano, não é algo significativo a ser debatido para que estas pessoas possam ser contempladas, então para que serve mesmo o governo? A doença que a todos tem atingido, destrói, com força, aqueles no cinturão de miséria. E esta história de que isso é discurso de esquerda é ideologia patética. Se uma gestão não é para atender e erradicar os erros, então ela não serve para absolutamente nada.
ENTÃO
Carlos
Moisés tem apenas um caminho para sair vivo deste cenário infernal
em que está mergulhado se, de fato, suas medidas estiverem corretas
e salvar
muitas
vidas. Aí,
assim, dá a volta por cima.
POIS
Apanhando
no pelourinho das redes sociais, Moisés foi abandonado por todos.
Bombeiro treinado para este fim, salvar vidas é sua maior missão.
Até porque, bem antes de ser comandante e governador, vivia em
viaturas.
CONTAMINAÇÃO
A
pressão que viveu para abrir o que, sabe-se, já voltou à
normalidade, foi infernal. Não tendo pulso para segurar, ao
afrouxar, foi dominado. Bombeiro, treinou-se, mostrar controle, é
tudo. O que ocorrer adiante, é culpa sua.
ACENO
O
governador está enviando um emissário para conversar com Julio
Garcia. Quer que o presidente da Alesc, político de melhor safra,
socorra seu amador jeito de ser. Inútil, Carlos Moisés já está
fora do governo. Apenas não sabe.
ACABOU
As
portas fecharam-se para Carlos Moisés. A questão não é Julio
Garcia, o mesmo que ele rejeitou aproximação afirmando-se ter ganho
o governo sem precisar de ninguém. Mas é a Casa, inteira, que frita
seu rim com eco no TJ.
TRAQUEOSTOMIA
Paulinha
é a cirurgiã abrindo um canal de respiro auxiliar neste momento de
asfixia total de Carlos Moisés. A deputada tem poder de
convencimento, muito natural inclusive, que influencia. Douglas Borba
já não tem altura.
DESARTICULADO
O
governador não tem mais um quadro capaz de falar e as coisas
acontecerem. Está iniciando a passagem pelo corredor polonês com
bolsonaristas de um lado e, de outro, o coronavírus. Entre isto, não
há escapatória.
CONDENADO
Se
afrouxar tudo, naquele dane-se, Moisés corre o risco de ser o maior
assassino na pandemia. Isolando a sociedade, é o maior assassino da
economia. Nesta morte anunciada, o governador caminha para o
cadafalso.
MUDOU
O
setor empresarial, em todos os países, faz pressão na volta à
normalidade. A pandemia contaminou a espinha do capitalismo e, os
lucros, rui. E o mundo, como era conhecido, não será apenas, e tão
somente, acumulação.
ESTATAL
A
presença do Estado, tão metralhado no muro do liberalismo, viu-se
forte. Toda aquela gritaria afirmando que o estatal é o brutal peso
que impede o crescimento, ruiu. É quem está carregando a maca da
pandemia.
FILANTROPIA
Os
hospitais de SC estão, todos, comendo as migalhas bem no meio da
pandemia. Dinheiro agora, neste momento. Já não basta a
patética
vice-governadora atrapalhando, mande-a embora ficar
em casa. Esta picuinha não é de SC.
NÁUSEA
Os
bolsonaristas, sempre doentes como são seus antecessores, tiraram o
Mandetta porque o presidente da República tem ciúme de homem. A
troca não justifica em absolutamente nada. A claque, acéfala,
consegue provocar náusea.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro