Em audiência pública na semana que vem, o promotor de Justiça Simão Baran Junior se juntará a vereadores e outras lideranças municipais, a exemplo de dirigentes de entidades como CDL e Aciax, para discutir acessibilidade municipal. No dia 28, às 19h, a Câmara de Vereadores será palco do encontro entre Ministério Público, Poder Legislativo e comunidade civil organizada por meio de seus representantes.
Depois do encontro, também neste mês, para debater a segurança pública local, que contou com a participação do mesmo grupo esperado nesta próxima, muito foi comentado na cidade. Enquanto uns cobravam leis mais firmes e a atuação eficaz da Justiça, outros ressaltavam a fundamentalidade e urgência da consciência pública.
Afinal, se o que é do outro, seus bens e a própria vida – o maior patrimônio do homem, fosse respeitado as punições não seriam necessárias. Mas, como a realidade é bem distinta da utopia, as sanções são necessárias desde a época do “olho por olho, dente por dente”. Pela ética e pela moral, valores que irão para os livros de história em pouco tempo, já não se pode esperar nada.
Em cerca de três horas, lideranças políticas, públicas e da segurança elencaram os principais déficits municipais e sugeriram formas de corrigi-los. Depois, nas mesas de bar e balcões de farmácias e supermercados, cada xaxinense também expôs o que pensa sobre o motivo da reunião. Democracia é, afinal, dar liberdade ao pensamento e respeitar suas manifestações desde que não agrida o próximo.
E por que o caso chamou tanta atenção? É simples. Porque ninguém está seguro, e quando mexe com a coletividade, às vezes, há união. Fruto do encontro foi o ponto da Polícia Militar que será instalado no centro da cidade. Mais perto das ações da criminalidade, os policiais chegarão antes e darão mais respostas à comunidade.
Agora, Baran – conhecido pelo trabalho em prol da acessibilidade para todos – falará ao grupo sobre o que seus representados deveriam ter na ponta da língua e da consciência. Esperamos que tenha resultado semelhante ou maior que a passada, mas é aquela história: aquele que não anda em rodas acha que degraus são suficientes; e o que enxerga muitas vezes não vê a escuridão do cego em meio à podridão capitalista dos homens. Não se trata de quebrar uns centímetros de calçada aqui ou acolá, mas de destruir a barreira da ignorância que impera.
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