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Uma transição civilizada

Por: Simão Baran Jr.
05/10/2016 08:51

Em um dia relativamente tranquilo, os eleitores da Comarca compareceram às urnas para depositar seus votos. Não se viu santinhos nas ruas, ao que foi apurado, o que deve ser motivo de parabenização a todos os candidatos.

Lembro que antigamente as ruas dos colégios ficavam tomadas de santinhos de diversos candidatos. Era uma sujeira sem fim. Tomara que seja assim nas próximas também. Um problema a menos para a cidade.

No geral, os trabalhos se desenvolveram de forma tranquila, o que é um mérito a todos mésarios e demais servidores da Justiça Eleitoral, bem como aos candidatos e apoiadores, ressaltando que a apuração de alguns fatos continua.

Dito isso, há algo ainda mal resolvido no país, que é a transição de um governo para outro. Não é incomum o novo gestor encontrar gavetas vazias, sem acesso aos sistemas de informática e aos registros da Prefeitura. Até mesmo 'computadores em branco' já foram encontradas por Prefeitos.

Tais atitudes, além de poder caracterizar um crime e também a prática de ato de improbidade, revelam total falta de comprometimento público. Afinal, faz parte do jogo político vítória de um e derrota de outros. Assim, é também dever, não só do Prefeito, mas também de Secretários, Diretores de Escola, Ocupantes de Cargos em Comissão, etc, deixar 'a casa em ordem', de forma que os que chegam possam ter total acesso a real situação da Prefeitura.

Por isso, a Lei Municipal de Xaxim n. 3.786/2012 deve ser elogiada por todos os cidadãos xaxinenses e também copiada. Mais do que isso, deve agora ser fielmente cumprida.

Afinal de contas, quando entra um novo Prefeito, o relógio não reinicia seu tempo. Toda a máquina administrativa tem um histórico, o qual deve ser respeitado e deve ser de fácil acesso. Já vi gestores que acreditavam que documentos e registros pertenciam a ele e não à Prefeitura. Desse modo, mostra-se essencial que os atuais gestores cumpram com sua obrigação, facilitando o trabalho dos próximos. Quem ganha com isso é a cidade e, consequentemente, o povo.

Assim, qualquer atitude contrária ao espírito da lei de transição democrática é problema na certa. Subtração ou queima de documentos, demissão de servidores e/ou interrupção de serviços que até então eram oferecidos podem ter consequências graves.

Por outro lado, quem entra não vai reinventar a roda. Ou não deveria. Claro que os novos Prefeitos vão trazer a sua equipe, o seu jeito de governar e detem o poder de fazer as melhores escolhas administrativas. Mas esse poder não é absoluto. Cada vez mais se exige dos administradores públicos respeito à coisa pública e isso implica na continuidade de diversos setores.

Isso também implica que não há espaço para algumas atitudes como pintar prédios ou carros públicos com as cores do partido etc. A sociedade certamente estará atenta.


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